Unidade inaugurada dia 22,
José Antonio Pedriali
Especial para a AE
Os Estados Unidos investiram US$ 448 mil na construção de uma base para a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai na fronteira com o Brasil, onde é grande a presença de traficantes brasileiros ligados às facções Comando Vermelho e PCC. A base, a maior do interior paraguaio, foi inaugurada dia 22
O terreno, de 20 mil metros quadrados, foi doado pelo Estado de Amambay e, de acordo com o embaixador norte-americano em Assunção, James Cason, seu governo doou US$ 250 mil para a construção dos alojamentos e sede administrativa, US$ 98 mil para a construção de um heliporto e US$ 100 mil para a modernização de dois helicópteros que serão utilizados nas operações antidrogas. O heliporto ainda não está concluído.
Cason participou da inauguração da base, que teve apenas um brasileiro presente – o juiz federal Odilon Oliveira, que se notabilizou pela perseguição aos traficantes que atuam na fronteira, a ponto de permanecer meses sem sair de seu gabinete,
Os agentes designados para esta base, conforme admitiu ao Grupo Estado a porta-voz da Senad, Mercedes CastiÀeira, foram treinados pela polícia antidrogas dos EUA, a DEA. Esse posto avançado da Senad, segundo ela, atuará em harmonia com a Polícia Federal brasileira, que mantém uma representação numerosa
Na fase inicial de operação, os agentes designados para esta base concentrarão seu trabalho na região, mas aos poucos, explicou Mercedes, estenderão suas atividades para o sul, até atingir o estado de Itaipuá, na divisa com a Argentina. ”Os traficantes se movem com facilidade, e precisamos ir até onde eles estão”, observou. A força especial do Exército, também treinada para a repressão ao tráfico, será acionada sempre que a Senad julgar conveniente, acrescentou Mercedes. Amambay, segundo a porta-voz da Senad, é o estado que reúne a maior quantidade de traficantes e concentra a maior produção de maconha do país. A maconha paraguaia é considerada a de melhor qualidade.
Nos dois últimos meses, a Senad deteve vários traficantes brasileiros residentes em território paraguaio, entre eles Marcelo Leandro da Silva, o Marcelinho Niterói, sobrinho e operador do traficante Fernando Beira-Mar, preso na penitenciária federal de Catanduvas. Niterói foi preso por porte ilegal de armas e por portar documentos falsificados, expulso após o pagamento de multa e libertado em território brasileiro pela PF por já ter cumprido pena por tráfico. Após sua captura, foi descoberto um grande arsenal
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