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EUA consideram boicotar Jogos Olímpicos de Pequim de 2022 por violações de direitos humanos na China

Na terça-feira (6), a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que está pensando em um boicote conjunto aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022 em meio a pedidos de legisladores e grupos de defesa para se afastar do evento, devido às supostas violações de direitos humanos dos uigures na China.

O boicote dos EUA em coordenação com os aliados de Washington é um assunto que a administração Biden “certamente quer discutir”, disse o porta-voz do Departamento do Estado dos EUA, Ned Price, a jornalistas citado pelo South China Morning Post.

“Uma abordagem coordenada não será apenas em nosso interesse, mas também no interesse de nossos aliados e parceiros”, afirmou Price.

O porta-voz advertiu que para os Jogos Olímpicos de 2022, programados para fevereiro, “ainda falta algum tempo” e que ele “não queria fixar um prazo” para quando uma decisão poderia ser tomada.

Price não revelou quaisquer detalhes sobre as conversas com os aliados sobre os Jogos Olímpicos de Inverno, no entanto, mencionou as sanções que os EUA impuseram em conjunto com o Reino Unido, Canadá e União Europeia (UE) no mês passado devido às violações de diretos humanos na região chinesa de Xinjiang.

Além disso, na terça-feira (6), o senador republicano Rick Scott, apelou ao presidente norte-americano que exija o deslocamento dos Jogos Olímpicos de Inverno para os Estados Unidos.

“É […] hora de o presidente Biden liderar a América e o mundo e deixar claro que os Estados Unidos nunca vão tolerar a opressão e o genocídio que ocorrem na China comunista”, disse Scott.

Anteriormente, na segunda-feira (5), o ex-secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, fez um apelo para que os EUA boicotem os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, afirmando que as “atividades sujas” chinesas tornaram o país um local “inapropriado” para as Olimpíadas.

Em 22 de março, os EUA, União Europeia, Reino Unido e Canadá impuseram sanções contra alguns funcionários chineses devido à situação em Xinjiang, acusando o país de violações de direitos humanos dos uigures, como suposto trabalho forçado, detenções em massa em campos de concentração e restrições sobre liberdade religiosa. A China anunciou sanções recíprocas contra pessoas e entidades dos EUA e Canadá, negando todas as acusações.

com informações da Agência Sputink