A Justiça do Trabalho de São Paulo condenou a Eternit S.A. (que ainda pode recorrer) a pagar indenização por danos morais de 300 000 reais à família de Aldo Vicentin, ex-empregado da empresa, vítima da exposição ao amianto.
Ponto para o deputado estadual e candidato a prefeito de Londrina, Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que há anos vem travando uma luta na Assembleia Legislativa para alertar sobre os perigos do uso do amianto para saúde pública.
Vicentin morreu aos 66 anos, em 2008, acometido de mesotelioma – câncer no pulmão provocado pela exposição ocupacional ou ambiental ao amianto.
Acatando ação da Associação Brasileira de Expostos ao Amianto, o juiz André Eduardo Dorster Araujo ainda condenou a Eternit a pagar as despesas médicas e o funeral de Vicentin. Na decisão adotada ontem, Araujo destacou:
– O dano moral é inegável, já que o de cujus (o morto) foi acometido de grave doença que desaguou em sua morte.
O STF vai realizar na semana que vem uma audiência pública para discutir o uso do amianto no Brasil. O debate foi convocado por Marco Aurélio Mello, relator da ADI 3937, na qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria questiona uma lei paulista que proíbe o uso, no Estado de São Paulo, de produtos, materiais ou artefatos que contenham qualquer tipo de amianto.
Com informações de Lauro Jardim, na Veja.com