Fernanda Regina – Megafone
Por toda a América Latina a expressão é negativa à decisão relâmpago, considerada um golpe contra a democracia no Paraguai. Nesta segunda-feira (25) várias manifestações simultâneas aconteceram para demonstrar a posição popular diante do fato.
Em Foz do Iguaçu, que faz fronteira com o país aconteceu um ato de repúdio na Pedra Fundamental da America Latina, no cruzamento da avenida Paraná com a República Argentina.
O ato reuniu estudantes da Unila (Universidade da Integração Latino Americana) e outros manifestantes com cartazes e palavras de ordem contra o golpe disfarçado de impeachment que aconteceu na tarde da última sexta-feira (22) em que o presidente do Paraguai Fernando Lugo, que foi deposto de seu cargo através de uma votação no senado do país.
Alguns acadêmicos da Unila, paraguaios e de outras nacionalidade já seguiram para Assunção para participar das manifestações em frente a praça da república.
“Daqui alguns dias vamos fazer outras manifestações, desta vez em Ciudad Del Este. O ato não significa que estamos apoiando diretamente a Lugo, estamos apoiando ao processo democrático”, declara o estudante de Relações Internacionais da Unila, Pablo Daniel Orué.
O estudante acredita que as manifestações poderão demonstrar aos demais governos latinos que é necessário repensar a situação que “está afetando seriamente as relações internacionais do Paraguai”.
Para ele, o golpe foi contra o povo paguaio que havia manifestado sua vontade através das urnas quando elegeu Lugo para presidência do país. “Pessoalmente, senti muita frustração, pois o parlamento foi contra ao que o povo manifestou em 2008, foi contra o voto popular”, lamenta Pablo.
Em Foz, esta não é a primeira manifestação dos acadêmicos contra o golpe. Eles já haviam realizado protestos pacíficos na Ponte da Amizade e em frente ao Consulado do Paraguai.
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