A governadora em exercício Cida Borghetti e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, firmaram nesta sexta-feira (25) o termo de cooperação técnica para recuperação da bacia hidrográfica do Rio Belém. O acordo prevê a formação de um grupo de trabalho formado pelas secretarias de Estado do Planejamento e Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sanepar, secretarias municipais de Meio Ambiente e Obras Públicas e Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc).
O GT Belém, nome instituído para o grupo de trabalho, deverá definir projetos e ações para a revitalização integrada da bacia que compreende 37 bairros e tem 42 km2 de extensão. A ideia é transformar o projeto em modelo de revitalização e gestão integrada e replicá-lo em outras bacias urbanas do país, por meio da Agência Nacional das Águas (ANA).
“O plano irá rever a alocação de recursos e esforços para resolver de modo definitivo o problema identificado, no trecho ou sub-bacia que ele aparece, obtendo deste modo resultados positivos e concretos. Por isso é fundamental o envolvimento de todos os parceiros”, explicou a governadora em exercício.
O termo de cooperação para recuperação da Bacia do Rio Belém é um projeto piloto do processo de revitalização da bacia do Rio Iguaçu, proposta que vem sendo discutida desde 2015, com a criação do Grupo Gestor do Rio Iguaçu (GGRI). Na época o Governo do Paraná firmou parceria com a ANA, e a empresa sul-coreana Korea Water Resources Corporation (K-Water), responsável pela despoluição do rio Cheongyyecheon, localizado em Seul, com o objetivo de devolver a vida ao Rio Iguaçu, maior rio do estado.
“O modelo de gestão proposto foi planejado com base no programa de recuperação do rio Cheongyyecheon, que foi revitalizado pela K-Water, que oferece consultoria para devolvermos o rio Belém para a população do Paraná com a qualidade que merece ter”, afirmou Cida.
Ela destacou que a intenção da Agência Nacional das Águas é apresentar os resultados do projeto piloto no Fórum Mundial das Águas, que acontecerá em Brasília, em março de 2018. “Seremos um exemplo para o país”, acrescentou.
O rio Belém foi o escolhido para esta etapa do projeto por ser o único 100% urbano de Curitiba e o principal da bacia curitibana, com aproximadamente 17km de extensão. A baixa qualidade da água e diferentes níveis de ocupação urbana também contribuíram para a decisão do comitê gestor do grupo de revitalização do Rio Iguaçu, que é coordenado pela governadora em exercício Cida Borghetti.
“A Prefeitura irá rastrear as ligações clandestinas de esgoto, em parceria com a Sanepar, para minimizar o impacto no rio Belém, que faz parte da história da cidade e desenvolver ações de educação ambiental para evitar que novas contaminações aconteçam. A fiscalização será um trabalho conjunto do Grupo de Trabalho”, explicou o prefeito Rafael Greca, que disse também que a Capital possui 9.500 ligações clandestinas.
O prefeito garantiu que com a ação conjunta é possível “ressuscitar” o rio Belém e com isso fortalecer o turismo regional. “Os parques que são banhados pelo rio Belém terão mais atenção e cuidado da população”, disse.
De acordo com a minuta do Plano, as ações integradas serão baseadas em sete áreas temáticas: qualidade da água, quantidade da água, solo, ar, integração com o homem, biodiversidade e gestão e a análise de efetividade será em conjunto com esgotos, drenagem, paisagismo, infraestrutura, habitação e uso do solo.
Deixe um comentário