Quando o PT entra no seu 12º ano de governo, um grupo que costumava militar ao seu lado começa a sentir que tem sido colocado cada vez mais para escanteio. Parte dos militantes da esquerda brasileira estão se distanciando do petismo, mas também sentem-se órfãos por não terem em quem se sustentar no atual cenário político, onde as maiorias dos partidos são de centro ou de uma esquerda radical que quase não tem ressonância na sociedade. As informações são de Afonso Benitez, do El País.
O PT, que nesta segunda-feira, 10, comemora 34 anos, nasceu em meio a um momento de confrontação com o regime militar. Agora, mudou seu espectro. Para cientistas políticos e sociólogos, o partido fundado por operários, como o ex-presidente Lula e intelectuais, como o historiador Sérgio Buarque de Hollanda, hoje milita na centro-esquerda. A maioria dos integrantes da esquerda do partido não fazem parte do governo, mudaram de partido ou foram expulsos.