Das dez melhores escolas públicas do Brasil nas séries iniciais do ensino fundamental, três são de Foz do Iguaçu, incluindo a primeira colocada no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011.
A Escola Santa Rita de Cássia conquistou a nota 8,6 na avaliação, a mais alta do país, ao lado da Escola Carmelita Dramis, do município de Itaú de Minas (MG). Dez escolas, das 20 paranaenses com a melhor nota, também são de Foz, informa a jornalista Denise Paro, da sucursal do jornal Gazeta do Povo, em Foz do Iguaçu.O resultado favorável do município no Ideb deve-se a uma série de medidas adotadas desde 2008 e estabelecidas a partir de uma nova cultura de gestão educacional.
Com base em taxas de aprovação e reprovação da rede municipal, foram traçadas estratégias e metas em cada escola para melhorar o desempenho dos alunos.
O plano incluiu a oferta de reforço no contraturno escolar; atendimento de fonoaudiólogos, assistentes sociais e psicólogos; aplicação de simulados da Prova Brasil; e a implantação do chamado método fônico na alfabetização, no qual se estabelece a relação entre grafemas e fonemas.
A secretária municipal de Educação, Joane Vilela, comemorou o resultado e atribuiu o bom desempenho à postura de toda a rede municipal e dos professores.
“Os professores estão motivados e dispostos não só a melhorar os índices do Ideb, mas também a qualidade do ensino.” Para a secretária, o processo – que também recebe críticas, principalmente pela proposta de remunerar com um 14.º salário os professores das melhores escolas – ainda está em construção.
Liberdade
As escolas seguem diretrizes da Secretaria Municipal da Educação, mas também têm liberdade para propor estratégias. Na Escola Santa Rita de Cássia, além do reforço no contraturno – que começou em 2008 e teve sucesso em razão do estímulo dos pais –, segundo a diretora Shirlei Ormenese de Carvalho, as aulas da 4.ª série são ministradas por duas professoras, em vez de uma, como é feito na maioria das escolas municipais.
Uma das professoras, Leda Márcia Dias Dal Lin, ficou responsável pelas disciplinas de Português e Ciências, enquanto outra, Maria Isabel Gomes Vieira, trabalhou Matemática, História e Geografia.
A divisão de tarefas deu resultado. “Quando há dois professores, o aluno cresce mais e o diálogo fica mais rico porque cada profissional tem uma visão diferente”, diz Isabel.
A estudante Najla Younes, 10 anos, hoje no 6.º ano do ensino fundamental, fez a prova do Ideb no ano passado e estudou por cinco anos na escola.
“Os professores e a diretora trabalhavam muito bem com a gente e queriam nossa melhoria”, afirma. Najla conta que se superou na disciplina de Português depois que começou a frequentar as aulas de reforço. A mãe dela, Andrea Singer de Andrade, diz que a melhoria da filha na interpretação de texto foi notória.
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