O deputado Romanelli (PSB) disse nesta segunda-feira, 28, que já eram esperados os erros, agora levantados pela Agepar, nos contratos assinados pelas concessionárias do pedágio e o Estado. “É degrau tarifário, taxa interna de retorno, depreciação, confissão de corrupção, enfim, contratos superfaturados. Tudo isso o povo já sabia, porque paga o pedágio mais caro mundo”, disse Romanelli.
Em matéria desta segunda-feira na Gazeta do Povo, a repórter Katia Brembatti aponta que a Agepar acredita ter encontrado mais um erro na forma como foram feitas as contas relacionadas ao pedágio nos últimos anos. Desta vez, na forma como foi calculada a chamada depreciação. “É mais um impacto no cálculo da tarifa que somado a outros erros, desvios e outras ilegalidades. Agora falta calcular o quanto o pedágio roubou dos paranaenses”, disse o deputado;
A repórter recorda que em setembro foi levantada outra suspeita de falha identificada pela agência, o que fez o governo estadual iniciar um processo para recalcular todos os parâmetros dos últimos 21 anos de contrato de concessão. Esse trabalho, segundo a reportagem, ainda não foi concluído, mas indica que as descobertas podem ter impacto significativo no valor das tarifas.
Lesivo – O rombo do primeiro erro, segundo a agência, pode chegar a R$ 3 bilhões. “Desde o início das concessões, denuncio que os contratos são lesivos, que falta transparência no cálculo das tarifas, que os aditivos foram feitos à revelia do interesse público e que as principais obras previstas não seriam executadas até 2021”, disse Romanelli.
Em 2019, as seis concessionárias de pedágio já faturaram R$ mais de R$ 2 bilhões e em 2018, foram mais R$ 2,4 bilhões. Calcula-se que até o final dos contratos em 2021, o pedágio terá sangrado em R$ 21 bilhões a economia do Paraná. “Esse dinheiro fez muita falta aos paranaenses. Quantas estradas, ruas e avenidas poderiam ser pavimentadas? Quantas escolas, postos de saúde, creches e hospitais poderiam ser construídos?”, questiona o deputado.
Esses recursos provenientes das cobranças das tarifas, segundo Romanelli, ainda circulariam na economia do estado, aquecendo o comércio e os serviços. “É um prejuízo incalculável. O mesmo está acontecendo agora com os acordos de leniência, onde as concessionárias pagarão uma multa, farão algumas obras se der tempo, a tarifa é reduzida por um tempo determinado e elas estarão livres para participar da nova licitação dos 4,1 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais no novo modelo de pedágio no Paraná”, disse.
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