Um dia após invasão à sede da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiânia, o Movimento Sem Terra (MST) é mais uma vez notícia em atos contra a imprensa. Os alvos desta vez de integrantes do grupo são os jornalistas Davi Ferreira e Patricia Sonsin, respectivamente cinegrafista e repórter da TV Tarobá. A dupla foi feita refém na tarde desta quarta-feira, 9.
A ação contra os profissionais da mídia durou aproximadamente 20 minutos, denuncia a emissora que retransmite o conteúdo da Band em parte do interior do Paraná. De acordo com o canal, em texto divulgado no site oficial do veículo, os dois jornalistas se dirigiam à propriedade rural ocupada pelo movimento durante a manhã no município de Quedas do Iguaçu (PR). A presença, porém, não agradou parte dos integrantes do MST. As informações são do Portal Comunique-se.
Ainda conforme relatado pela emissora televisiva, repórter e cinegrafista foram abordados por cerca de 50 pessoas, que estariam “armados com escopetas, facões e pedras”. Ao noticiar o ocorrido, a equipe do canal ainda ressalta que os manifestantes ameaçaram quebrar equipamentos de gravação e os celulares de Patricia e Davi. “A equipe foi obrigada a seguir os integrantes do movimento até uma espécie de acampamento onde receberam novas ameaças de agressão física”.
A história teve desfecho com os jornalistas sendo liberados pelos militantes após uma “reunião”. Comunicada do ato contra a dupla de funcionários da TV Tarobá, a Polícia Militar paranaense informou não ter acesso à propriedade ocupada, impossibilitando alguma atitude por parte da corporação. Até o início da noite desta quarta-feira, a direção do Movimento Sem Terra não se pronunciou a respeito do episódio contra a liberdade de imprensa.
“A TV Tarobá repudia veemente este tipo de ação de violência e enfatiza que isso é tirar a liberdade de imprensa”, reclama a emissora em tom de editorial. “A equipe da Tarobá tentava se aproximar para fazer imagens e para tentar uma entrevista com alguém do MST, exatamente para que o movimento pudesse ter espaço de defesa das acusações de ocupação de fazendas naquela região”.
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