Com o Paraná de fora dos planos imediatos do governo federal para a construção da ferrovia entre Maracaju (MS) e Paranaguá, representantes do setor produtivo continuam tentando viabilizar o trecho, considerado prioritário para o estado. Uma série de reuniões tem discutido, inclusive, a iniciativa de elaborar “por conta” o projeto básico da ferrovia, para tentar pressionar o governo federal em abrir uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) e viabilizar o leilão da obra. As informações são de Talita Boros Voitch na Gazeta do Povo.
A ligação ferroviária ligando o Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá é uma demanda antiga das entidades, que enxergam o trecho como necessário para diminuir os custos de produção tanto do Paraná quanto do estado vizinho.
“Saiu o programa ferroviário e fomos excluídos, colocados para o fim da fila. Entendo que temos de juntar todas as nossas forças empresariais para não tirar competitividade do Paraná”, afirma José Eugenio Gizzi, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR).
O superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, afirma que a integração ferroviária da região Oeste até o Paranaguá tem como objetivo principal a redução de custos de transporte. “As entidades que compõe o G7 colocaram para o ministro dos Transportes a necessidade de voltar a incluir esse trecho nos planos federais”, diz.
Costa, porém, não confirma a iniciativa das entidades em viabilizar o projeto da ferrovia por conta própria. “O poder das entidades é reivindicar e não fazer projetos”, afirma.
Em abril, o governo do Paraná pressionou o governo federal a definir prazos para a execução da obra ou para que concedesse à Ferroeste todo o trecho. A ideia era que o estado se tornasse o responsável pelo projeto e concessão do novo corredor. Até agora não houve resposta.
Atualmente, a ligação ferroviária entre Maracaju e Paranaguá está no terceiro e último grupo de 12 ferrovias que terá seus estudos feitos pelo Programa de Investimentos em Logística (PIL), do governo federal. Havia expectativa de que pelo menos a contratação do projeto executivo saísse neste ano, o que não aconteceu.
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