Claudio Humberto
Famosos criminalistas brasileiros, contratados a peso de ouro para defender acusados na Operação Lava Jato, estão diante de um dilema: abandonar ou não o trabalho. Alguns já o fizeram. O problema é mais grave nos casos em que o desmantelamento do esquema de corrupção na Petrobras afetou dramaticamente a saúde financeira das empresas. Pedindo para não serem citados, eles falam abertamente no “cano”.
“Sem receber pelo trabalho, nós estamos financiando alguns dos caras mais ricos do mundo”, diz uma das estrelas da advocacia criminalista. Com seus doleiros presos e movimentações financeiras no exterior monitoradas, os empreiteiros não têm como “internalizar” dinheiro.
OAS, Engevix, Mendes Junior e UTC, que faturavam bilhões, estão entre as empreiteiras que mais dão sinais de debilitação pós-Lava Jato. Ao ouvir a cobrança do advogado, empreiteiro baiano que tem medo de voltar à cadeia foi sincero: “Você é a última das minhas preocupações”.
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