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Enquete do blog repercute em Foz

A enquete do blog, que pergunta como o Governo do Estado deve negociar o pedágio no Paraná, ganhou repercussão em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.

O jornalista Rogério Bonato reproduziu em seu blog o tema da pesquisa e levantou números muito interessantes sobre o drama de quem vai de Curitiba à Foz do Iguaçu, pela BR-277.

São nove praças de ida e nove de volta. Para quem sai da fronteira e vai até o litoral, são 10 de ida e 10 de volta. E olhe que o Paraná tem um dos pedágios mais caros do Brasil.

A seguir a íntegra dos comentários de Bonato sobre o tema da enquete:

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Pedágios
Como o Governo do Estado deve negociar o pedágio no Paraná? É a pergunta da última enquete organizada pelo blog www.bocamaldita.com, um dos mais acessados do Paraná.

Das oito alternativas, a que mais chamou a atenção e é responsável pelos 27% dos votos é: “que se deveria ouvir a população antes de prorrogar os contratos”.

Sim, mas onde estão os contratos? Roberto Requião vivia se queixando que não conseguia encontrar, olhou até debaixo dos tapetes dos palácios Iguaçu e Araucárias; será que Beto Richa achou? Peço para os leitores votarem, é um dos temas que mais infernizam a vida dos paranaenses.

Custo altíssimo

Uma viagem de Foz a Curitiba rende um tanque inteiro de combustível (gasolina); é preciso encher, e, gastar outro para voltar; o valor deixado nas guaritas dos pedágios é quase um terceiro tanque. Daria para usar o dinheiro na capital, em cinemas, jardim zoológico, teatros e até fazer umas comprinhas no comércio. Seria possível conhecer a beleza de Mercado Municipal e sair de lá com uma bela posta de bacalhau!

Em outra análise, o valor dos pedágios é mais lucrativo para as concessionárias do que qualquer cultura paranaense seja agrícola, pecuária, avícola, ovina e suína. O preço do pedágio é tão desproporcional, que o conteúdo de uma carreta com soja, do Oeste até o Porto de Paranaguá, custa mais caro, no trajeto da BR 277, do que ao atravessar os oceanos Atlântico, Índico e um pedaço do Pacífico, até chegar à China, caso seja este, o destino da carga.

Causa e desgaste
Os pedágios paranaenses são um caso tão problemático, a ponto de inimigos políticos concordarem e acordarem, que é o tipo de assunto que não deve ser discutido em debate eleitoral. “Como o senhor resolverá o assunto dos pedágios?” é uma pergunta tão mortal, quanto água benta em vampiro, ninguém quer responder. Todos fogem dela e vejam o que aconteceu com Requião?

O lema: “Baixa ou Acaba”, foi a cruz que ele carregou até o último dia de governo e ainda amarga só de lembrar. Portanto, os pedágios estão na linha de visão de quase todos os cidadãos e sendo assim, deveria ser ponto de honra encarar a discussão e mudar o que beira o descaso; as tarifas são abusivas, extorsivas e prejudicam a economia paranaense.