da Folha de S.Paulo
Planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da empreiteira Queiroz Galvão, em São Paulo, indicam que a empresa vincula valores recebidos por obras públicas a doações eleitorais para partidos e candidatos.
O material foi recolhido em 14 de novembro passado, durante a sétima fase da Operação Lava Jato, denominada Juízo Final, que investiga o suposto desvio de recursos de obras da Petrobras.
Procurada pela Folha, a Queiroz Galvão confirmou que a planilha “representa estudos preliminares de disponibilidade de recursos em cada obra […] e que poderiam ser utilizados para doações, segundo avaliações ainda a serem realizadas”.
A empreiteira informou que os números “não necessariamente se converteram em doações” e que todas as doações realizadas “atenderam, estritamente, aos limites permitidos pela Lei”.
De acordo com a planilha, datada de 2014, para chegar ao valor da doação ao político a empreiteira fazia um cálculo sobre o valor recebido por determinada obra.
No caso do “VLT”, uma provável referência ao Veículo Leve sobre Trilhos da Baixada Santista, obra realizada pelo Governo de São Paulo por meio da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), foi aplicada uma fórmula sobre o “recebimento acumulado até med [medição]” de junho de 2014.
Após descontos, o valor chegava a “117.500”, possivelmente R$ 117,5 milhões, sobre o qual incidia o cálculo de “1,5%” vezes “66%”, resultando numa doação de R$ 1,16 milhão. Esse valor constituía uma “ProfPart”, que a Queiroz Galvão reconheceu ser uma “Provisão Financeira para o PSDB”, partido do governador Geraldo Alckmin.
Assim, segundo o cálculo, dois terços do valor destinado a doações (1,5% do recebido líquido) foi para o PSDB.
Em outra planilha apreendida ao lado da primeira, esse exato valor é atribuído ao “PSDB Nac. [nacional]”. Outros políticos destinatários de possíveis doações aparecem na planilha, com iniciais.
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empreiteira doou R$ 3,7 milhões ao diretório nacional do PSDB nas eleições de 2014.
Outro valor anotado na planilha, associado à obra “LV1”, uma possível referência a obras do Metrô, associa R$ 2,75 milhões em doações a “GOR”. Indagada pela Folha, a Queiroz disse que se trata de referência ao candidato do PT ao governo de São Paulo Alexandre Padilha.
A Queiroz Galvão doou R$ 3,5 milhões à campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014 mais R$ 11,1 milhões ao diretório nacional do PT, segundo os dados registros na Justiça Eleitoral.
A Queiroz Galvão explicou outras iniciais na planilha: “J.S.” é o senador eleito José Serra (PSDB-SP), “P.S.” é o candidato do PMDB ao governo Paulo Skaf e “E.A.” é o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Há outros valores associados a outras obras realizadas em São Paulo, como o CSS (Contorno de São Sebastião) e CEML (Consórcio Monotrilho Leste), realizados pelo governo de São Paulo, e a ETGUA, uma referência à Estação de Tratamento de Água de Guarulhos, na Grande São Paulo, esta executada pela Prefeitura de Guarulhos.
Procurado no início da noite desta sexta-feira (12) para comentar o assunto, o governo de São Paulo não havia se manifestado até a conclusão desta edição. A assessoria da prefeitura de Guarulhos não foi localizada.
Em nota, a Queiroz Galvão ressaltou ainda que “todos os anos a construtora recebe diversas solicitações originárias de vários departamentos da empresa para diferentes partidos e candidatos. As solicitações são avaliadas, não sendo aprovadas até decisão final da companhia”.
Mais uma reportagem picareta do jornal Folha de São Paulo. Completamente corrompido (e não de hoje), resta saber saber se seu quadro de funcionários (tirando algumas exceções) são ingênuos, pau-mandados, ou criminosos mesmo.
Oras bolas, uma matéria que liga a doação a partidos e a políticos individuais, tratando como crime, ignora completamente os fatos, a realidade. Algum intuito do jornal existe.
Os crimes que vem sendo apurados pela operação Lava Jato tratam-se de formação de Cartel entre as empresas, o que impossibilita a livre disputa, impossibilita a presença de empresas que não fazem parte do “clube” e deixa e ignora leis como a de licitação, de oferta no mercado.
A criminosa de políticos e partidos que tem e devem ser investigados, são aqueles que se beneficiaram de propinas, que facilitaram e intermediaram os contratos destas empresas com os órgãos públicos, e receberam dinheiro, seja para campanhas ou em sua vida privada. Estes políticos, que já são em número elevados, precisam de fato ser questionados.
Porém, esta reportagem calhorda, coloca doações a todos os políticos como suspeitas. Esta reportagem junta em um mesmo balaio inocentes, culpados, crime e não crime. A intenção é visível…o fim do financiamento privado de campanha e consequentemente todo o sistema eleitoral no submundo (tese defendida por picaretas de alto coturno como Luis Roberto Barroso, OAB, etc)
Oras, se a reportagem for levada a sério, então nenhum político pode tomar posse. Todos receberam dinheiro das empreiteiras.
É o jornalismo militante, vagabundo, com a função de desinformar, especular e condenar a todos, independente se culpados ou inocentes, perante a uma opinião pública que já teve dias melhores.
Graças a Deus o Brasil é um país de iletrados, esta falta de “Cultura” que é o empecilho para as teses doentias dos formadores de opinão, dos que querem “reformar o mundo”, salvar a todos, os iluminados que querem o mundo a sua imagem e semelhança.
O Brasil é o país de gente de bom coração, sem cultura, que prefere receber grana sem esforço, sem trabalhar, pedindo ao governo mais benefícios…porém, quando a inflação voltar, quando o benefício acabar, a opinião da imprensa, dos advogados, dos políticos, e todo o resto vai para lata do lixo.