A ação direta da direção estadual do PSDB, desautorizando a candidatura própria do partido à Prefeitura de Umuarama, na sequência dos entendimentos de cúpula visando levar a legenda tucana para a coligação que vai apoiar a candidatura de Moacir Silva (PDT) à reeleição, se tornou a vida do prefeito mais tranqüila, por evitar o confronto eleitoral com um grupo forte, por outro lado criou uma nova interrogação em um problema que parecia estar encaminhando para uma solução: a vice.
No primeiro momento a disputa pela vice na chapa de Moacir se desenhou entre o PT e o PMDB. No andar da carruagem, a legenda do deputado Osmar Serraglio tomou a dianteira e já se apontava o nome do presidente peemedebista local, Toninho Comparsi, como virtual vice.
Porém, diante dos esforços desenvolvidos e dos estragos causados no arraiá do tucanato local, parece lógico que a vice seja oferecida ao partido como uma forma de compensação. Mas, na política, as decisões envolvendo amplas coligações quase sempre acabam seguindo uma outra lógica.
Enquanto o PSDB já discute os prováveis nomes à vice, cresce no PMDB a insatisfação pela possibilidade de ficar fora da chapa majoritária.
Celso Pozzobom, o pré-candidato a prefeito desautorizado pelos tucanos de alta plumagem, já teria afirmado a companheiros mais próximos que não aceitaria a indicação para a vice. Sua opção pode acabar sendo a disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores. Abatido, ainda digerindo o que aconteceu, Pozzobom diz que só vai se posicionar mais adiante.
A questão do PMDB vai ter de ser conduzida pessoalmente por Serraglio, que já teria confidenciado aos mais próximos que não seria tão ruim assim apoiar a chapa do prefeito Moacir tendo um nome do PSDB como vice. Ele só não queria um vice do PT, do também deputado federal Zeca Dirceu.
Enquanto essa possibilidade se processa internamente no PMDB, crescem as especulações no PSDB. Oficialmente ninguém fala, mas já se especulam nomes prováveis para vice, como o do médico Arno Prante, do chefe da Regional de Saúde Aricídio Cassiano Júnior e do empresário Sérgio Frederico, ex-chefe do escritório regional do Decon. Todos muito próximos do deputado estadual Nelson Garcia.
Na impossibilidade dessa questão se resolver por aí, diante dos problemas internos tanto do PMDB como do PSDB, há quem enxergue a solução numa terceira via, dentro do amplo leque de partidos que devem apoiar Moacir Silva. O “tertius” seria o empresário Celso Zolim, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama e que também responde pelo comando local do PP.
Diante dos nomes em evidências para vice, ainda falta definir se o prefeito Moacir Silva, pré-candidato à reeleição, teria alguma preferência entre os nomes que poderão ser sugeridos pelo grupo liderado pelo deputado estadual Nelson Garcia.