Com o afastamento de Dilma Rousseff do comando do País, as edições do Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira até ontem trazem cerca de 220 exonerações em postos vinculados à Presidência, além dos ministros e de três secretários especiais de Dilma. Esse número abrange apenas cargos que dependem de nomeação ou pela presidente ou pela Casa Civil. Dentre os demitidos, há assessores especiais, secretários, chefes e diretores de departamentos de vários ministérios ou órgãos vinculados e do Palácio do Planalto. Alguns deles foram exonerados a pedido. As informações são de Luci Ribeiro na Agência Estado.
Constam da lista o presidente da Embratur, Marcos Antonio Moura Sales; a secretária executiva da Casa Civil de Dilma, Eva Chiavon, que exercia o comando da pasta interinamente; e o assessor especial da presidente afastada Marco Aurélio Garcia. Também foi exonerado o presidente dos Correios, Giovanni Correa Queiroz.
Alguns funcionários foram remanejados de antigas funções e nomeados em outras. É o caso de Giles Azevedo, que deixou o cargo de assessor especial de Dilma, mas continuará muito próximo a ela. Azevedo agora será secretário executivo do gabinete pessoal da presidente. Mais oito pessoas também foram nomeadas por Dilma para integrar o seu grupo de assessores pessoais durante seu afastamento.
Na quinta-feira, foram exonerados 28 dos 32 ministros de Dilma, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que foi nomeado chefe da Casa Civil, mas não chegou a exercer as funções do posto por causa de suspensão judicial – e outros titulares, como da Fazenda, Nelson Barbosa; da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo; e o chefe de seu gabinete pessoal, Jaques Wagner.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que tem status de ministro, não foi exonerado. Tombini deve ficar no cargo no período de transição entre os governos, até o início de junho.
Foto: BBC
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