De Josias de Souza, na Folha Online:
Pesquisa feita pela FGV informa: entre setembro de 2008 e agosto de 2011, os preços dos cigarros, bebidas e jogos de loteria subiram, em média, 30,96%.
É quase o dobro da inflação aferida no mesmo período: 16,07% na medição do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor).
Os dados da Fundação Getúlio Vargas chegam num instante em que o ministro Alexandre Padilha (Saúde) empina a ideia de elevar a tributação de fumo e álcool.
Seria uma forma, argumenta o ministro, de prover parte dos recursos que custeariam a saúde pública.
Na conta da FGV, os cigarros subiram 40,19% desde 2008. As bebidas alcoólicas, entra na média geral com uma elevação de 19,53%.
Estima-se que, vingando a tese de Padilha, a sobretaxa sobre cigarros e bebidas renderia para a saúde até R$ 12 bilhões.
Parte da cifra –senão toda ela— morreria no bolso do consumidor, na forma de novos reajustes.
Padilha escora sua proposta numa evidência. Cigarro e bebida produzem, além de viciados, pacientes para o SUS. Natural que ajudem a pagar a conta.
A ilustração é de Orlandeli
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