"A primeira surpresa, para um mortal habituado ao clima e aos hábitos em vigor no Distrito Federal, é chegar ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, Paraná, às 8h30 de uma segunda-feira gelada e encontrar um governador trabalhando. Ele começou às oito em ponto, reunido com o grupo chamado ‘mãos limpas’. Todos os responsáveis por áreas direta e indiretamente ligadas à segurança e à Justiça participam. Eu já sabia algumas coisas sobre Roberto Requião. Sua mania de andar sempre na contramão da história sem ser multado. Quando todo mundo só falava de neoliberalismo e globalização, ele tornou-se um estatizante obstinado. Hoje, quando até velhos comunas adotam posturas liberais, ele lembra as excelências do marxismo. Quando o Brasil inteiro passou a adorar a soja transgênica como a salvação da lavoura, ele proibiu a saída dos grãos dourados pelo porto de Paranaguá. A soja era, até outro dia, o grande responsável pelo badalado sucesso do chamado ‘agrobusiness’ nacional. Mas continua a ser severamente combatida. A Sadia mandou colocar um cartaz enorme na porta do depósito no Paraná: não trabalhamos com transgênicos. Na Europa, os movimentos ambientalistas já ganharam a guerra contra a transgenia. “E, no porto do Rio Grande, os armazéns estão estufados de soja sem comprador no Exterior”, comemora Requião", lidão da matéria de Tão Gomes Pinto – Em tempos de Requão – na revista IstoÉ. Leia a íntegra em reportagens.
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