Os setores da indústria, comércio, serviços e produção primária tiveram uma alta de 32% em Ponta Grossa nos últimos quatro anos calculados. Os dados foram revelados pelo secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, em entrevista ao jornal Diário dos Campos nesta quarta-feira (22). A evolução leva em conta o Valor Adicionado (VA) gerado entre os anos de 2014 a 2017.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) categoriza o VA como “o valor que atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição ao produto interno bruto [PIB] pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades”.
Conforme explica Grokoviski, o Valor Adicionado é considerado um parâmetro do PIB municipal, já que considera todas as empresas que são tributadas pelo ICMS. “Não entram nessa conta bancos, financiadoras, planos de saúde, concessionárias de rodovias e serviços de transporte intermunicipal, por exemplo, entre outros”, aponta o secretário da Fazenda.
Em 2017 o VA total da cidade era de R$ 8,3 bilhões, sendo R$ 4,7 bilhões relativos à indústria, R$ 1,85 bilhão ao comércio e R$ 1,29 bilhão ao setor de serviços, conforme informações da administração municipal.
Segundo a premiação 40+, reconhecimento das maiores empresas de Ponta Grossa que já teve duas edições realizadas pela Prefeitura Municipal, as trinta empresas certificadas como as maiores geradoras de Valor Adicionado – sendo dez em cada uma das categorias de setor – representam 48,62% do total calculado naquele ano Enquanto Ponta Grossa chegou à variação de 32% no Valor Adicionado em quatro anos, no mesmo período o total brasileiro também apresentou alta, porém com uma diferença bem menor: de 2014 a 2017 o VA do país cresceu 13,5% – porcentagem menor do que a metade alcançada no município.
Já considerando-se o PIB inteiro – definido, pelo IBGE, como “a soma de todos os bens e serviços finais produzidos” – as evoluções são menores. Em Ponta Grossa , nos quatro anos utilizados como referência, a alta no PIB foi de 14%, chegando a R$ 12,974 bilhões em 2017. No país todo o PIB teve duas retrações neste período, em 2015 e 2016 (-3,5% em cada ano), e duas altas, em 2014 e 2017, de 0,5% e 1%, respectivamente.
O secretário municipal da Fazenda conta que o cálculo referente ao Valor Adicionado do ano passado ainda não foi fechado, mas está com uma projeção de valor que chega a R$ 8,5 bilhões. Deste valor, 61% devem corresponder à indústria, 20% ao comércio, 14% aos serviços e 5% à produção primária.
Este número total é aproximadamente 2,4% maior do que o registrado em 2017, mas, apesar do incremento baixo, para Grokoviski é um indicador positivo. “Se for comparar com o crescimento nacional, que tem sido de 1,5% por ano, estamos acima da média do país. A gente entende que o Brasil cresceu pouco nos últimos anos, por isso Ponta Grossa não teve a alta que imaginava”, avalia o gestor público.
Conforme afirmado pela Agência Brasil nesta semana, o mercado financeiro continua a reduzir a estimativa de crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do PIB caiu pela 12ª vez seguida, com uma estimativa reduzida de 1,45% para 1,24% este ano. Os números são do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central elaborada com base em perspectivas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
https://www.diariodoscampos.com.br/noticia/pib-referencia-de-ponta-grossa-cresceu-32-em-quatro-anos
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