Novas trapalhadas na Procuradoria Geral do Município podem colocar o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque (PV), em outra situação complicada. Os gastos com os shows da Festa Nacional da Tainha se tornaram indigestos, pelo menos, aos vereadores de oposição ao prefeito. Os custos, segundo a oposição, já passaram dos R$ 4,8 milhões e não há qualquer transparência nos contratos, propaganda e faturamento com os espaços publicitários.
A bancada de situação derrubou o requerimento do vereador Jaime da Saúde (PSD) com pedido de informações da relação entre a prefeitura e a empresa promotora da festa que contratou shows de Luan Santana, Thaemy e Thiago, Cabaré do Leonardo e Eduardo Costa, além de um show gospel. Os shows para o setor privado custam de cachê entre R$ 200 mil e R$ 300 mil e de acordo com assessores da Procuradora Luciana Costa seriam pagos pela empresa promotora em troca de espaços publicitários, mas não há qualquer faixa, banner, placas, outdoors indicando estes supostos patrocinadores.
Um novo requirimento do vereador Adriano Ramos (PHS) foi apresentado e pede informações da relação entre a empresa promotora e a prefeitura de Paranaguá. A suspeição pelos elevados gastos secretos levaram os cinco vereadores da oposição a articular a apresentação de um novo requerimento com pedido de abertura de uma CPI da Festa da Tainha. O requerimento já tem assegurado sete assinaturas.
Já os vereadores da situação culpam nos corredores da Câmara Municipal a procuradora-geral do Município, Luciana Costa, pelas novas trapalhadas na contração da empresa promotora dos shows e da Festa da Tainha.