Por Luiz Fernando Cardoso, em O Diário de Maringá:
Se a votação para definir o número de vereadores na próxima legislatura fosse hoje, a Câmara Municipal teria aprovado, por 9 votos a 5, o aumento de 15 para 23 cadeiras – o máximo a que Maringá tem direito.
O levantamento parte de uma enquete qualificada, realizada por O Diário na sessão ordinária da última quinta-feira, na qual a maioria antecipou que votará pelo acréscimo de oito colegas no Legislativo. A alegação da minoria foi de que um número acima de 19 cadeiras pode comprometer o Orçamento da Casa.
Um município com população entre 300 mil e 450 mil habitantes pode escolher, até o início outubro, ter de 9 a 23 vereadores. Na Câmara de Maringá, a decisão pelo teto elevaria as despesas com subsídio dos vereadores e gastos com salários de gabinete em R$ 3,5 milhões por ano para R$ 7,3 milhões, um aumento de 108%.
Na atual legislatura, a Câmara gasta R$ 94,5 mil por mês para manter o salário bruto de R$ 6,3 mil de seus 15 vereadores. Como a expectativa é que os salários subam para cerca de R$ 12,5 mil a partir do ano que vem, o gasto mensal para bancar 23 vereadores chegaria a R$ 287,5 mil – R$ 50 mil a mais do que um cenário com 19 vereadores e R$ 100 mil a mais, por mês, do que um plenário com os mesmos 15 edis.
Considerando que o custo dos gabinetes, cada um com cinco assessores, seja mantido em R$ 12 mil, o gasto com salários passaria dos R$ 180 mil para R$ 276 mil em um Legislativo com o máximo de cadeiras possível.
Oito vereadores a mais resultariam em um acréscimo de 40 assessores. “Se aumentar para 23, praticamente vamos consumir o Orçamento inteiro”, diz o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PMDB).
Risco
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