Por Luiz Fernando Cardoso, em O Diário de Maringá:
Após um “reinado” absoluto do ex-vereador Umberto Crispim, que preside o Diretório Municipal do PMDB desde a década de oitenta, do século passado, a disputa pelo comando do maior partido de Maringá – com cerca de 7 mil eleitores filiados – promete pegar fogo.
Sem esconder o interesse em disputar a prefeitura em 2012, o presidente da Câmara Municipal, Mário Hossokawa, anunciou esta semana que vai formar uma chapa de oposição para disputar a eleição local da legenda.
O futuro político do partido depende do resultado da convenção municipal, marcada para o dia 17 julho.
Diante da uma corrida eleitoral que terá o deputado estadual Ênio Verri (PT) de um lado e coligação articulada pelo ex-deputado federal Ricardo Barros (PP), do outro, Hossokawa sonha com uma candidatura própria do PMDB.
Crispim, por sua vez, namora aliança com Ênio, do qual poderia figurar como vice – repetindo a bem-sucedida dobradinha de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
A troca de farpas entre Hossokawa e Crispim revela um ambiente de tensão no partido. O presidente da Câmara critica o rival por articular alianças antes da convenção do partido.
“Quem vai definir se o partido vai de candidatura própria ou se vai se coligar será o diretório municipal, e não o presidente sozinho”, reclama o presidente Hossokawa, que não descarta uma mudança para o recém-criado PSD em caso de derrota na convenção.
Crispim considera uma aproximação com o PT inevitável. Juntas, calcula o líder da chapa “Michel Temer”, as duas legendas teriam o maior tempo de TV nas eleições do próximo ano.
“Hoje há uma conversa preliminar entre cinco partidos para uma possível aliança e o vice sairá desses partidos”, diz. “É lógico que o nome do Ênio é mais o cotado para prefeito”, reforça.
Terceira via
Com um discurso mais moderado, a terceira chapa – que definirá o nome em reunião na próxima terça-feira – apresenta como candidato a presidente o vice-reitor do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), Cláudio Ferdinandi.
“Nosso objetivo é ter candidato próprio e um número maior de vereadores. Chegamos a ter oito representantes na Câmara e, hoje, temos apenas dois”, comenta o servidor municipal William Gentil, candidato vice-presidente na chapa.
De acordo com Crispim, cada chapa precisa apresentar lista com 45 membros titulares, 15 suplentes e oito delegados. Os principais cargos são de presidente, vice-presidente, tesoureiro, primeiro e segundo secretários.
Data
17 de julho é a data da convenção municipal do partido, onde será eleito o novo presidente
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