A PM (Polícia Militar) em Londrina vai substituir a comunicação analógica pela digital. No 5ª Batalhão e na 4º Companhia Independente, o novo sistema deverá entrar em pleno funcionamento nas próximas semanas. Não existe uma data especifica para que isso ocorra, já que está em fase de testes e correção de erros. A tecnologia vai impedir que terceiros tenham acesso à comunicação entre a central de ocorrências e militares, usando radiocomunicadores, o que atualmente é muito comum, principalmente por criminosos. As informações são de Pedro Marconi na Folha de Londrina.
Segundo o tenente Emerson Castro, porta-voz do 5º Batalhão, a comunicação digital permitirá uma maior eficiência no trabalho da polícia. “Será uma comunicação mais segura. Isso porque pessoas de fora da PM não terão acesso aos chamados de ocorrências por meio de radiocomunicadores, mas somente os policiais em serviço. Isto era uma fragilidade nossa e muito explorada pelos bandidos, que sabiam de pontos de bloqueios e acabavam se evadindo do local antes de chegarmos. Com esta nova estratégia isso não existirá mais”, garante.
As antenas utilizadas pelo batalhão e companhia foram trocadas, assim como os transmissores e receptores de todas as viaturas e do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar). Outras vantagens apontadas são a melhora na qualidade do áudio e o maior alcance do chamado, que poderá ser feito em longas distâncias, inclusive de uma cidade a outra, superando os 300 quilômetros. “Poderemos, por exemplo, passar uma situação emergencial para toda a rede e não somente para um determinado canal por vez, como acontece hoje”, exemplifica.
LOCALIZAÇÃO
Os novos radiocomunicadores contam com sistema de GPS, o que permite o monitoramento da localização das viaturas em tempo real. Caso um radiocomunicador seja extraviado, é possível rastreá-lo ou bloquear. “As ligações por meio do 190 passam a ser gravadas e poderão ser transferidas para o rádio da viatura caso o policial precise passar uma mensagem direta para a pessoa”, destaca. “Muitas vezes temos evento crítico e o policial entra em luta corporal ou confronto e não consegue pedir apoio. Se da central ver que o policial foi para uma situação de emergência e que não está respondendo o rádio, poderemos mandar outra viatura com base no local apontado no sistema”, acrescenta.
OUTROS MUNICÍPIOS
Das cidades que integram o 2º Comando Regional da Polícia Militar no Estado, Ibiporã, Cambé e Rolândia também estão adotando o novo sistema neste primeiro momento. A intenção é que nos próximos meses outros municípios do Norte tenham a comunicação digital. No Paraná, Curitiba, que integra o 1º Comando Regional, está adotando a tecnologia. A assessoria de imprensa da PM disse que a polícia está em estudo e buscando investimento para transformar toda a comunicação em breve. Não foram informados valores e prazos.
De acordo com o major Nelson Villa, responsável pela 4ª Companhia Independente, que abrange toda a região norte de Londrina, em um grupo de quase 180 pessoas, os mais de 50 veículos, entre motocicletas e viaturas, já receberam o novo radiocomunicador. “Isso vai ajudar principalmente em questões mais graves, como o caso de quadrilhas, que têm uma logística e estrutura em que faziam o monitoramento da frequência no sistema analógico. Esta alteração permitirá que consigamos cercar e prender, deixando-os ‘cegos’ quanto a nossa posição. O número de prisões vai aumentar”, acredita.
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