Em Itaipulândia, no extremo-oeste do Paraná, o pleito não será nada fácil para o atual prefeito, Miguel Bayerle. Candidato à reeleição, Bayerle apresentou em 2012 à Justiça Eleitoral um plano de governo que jamais saiu do papel. É o que adiantam seus opositores, que foram conferir e constataram que entre outras promessas, ele se comprometeu documentalmente a “(…) Desenvolver, acompanhar e fiscalizar os processos licitatórios, tornando a Administração transparente e com resultados positivos”.
Quatro anos depois, o resultado visto e destacado pela mídia é o inverso. Arrolado como suspeito na operação Citrus, Bayerle está às voltas com a Justiça e enfrenta o constrangimento de ver parte de seus familiares presos justamente por conta de licitações nebulosas, contrariando aquilo que disse em palanque e em cartório. O candidato enfrenta ainda o risco de ser afastado do cargo a qualquer momento por conta dos desdobramentos da operação.
Enquanto isso, a cidade sofre com a falta de investimentos, denunciam seus oponentes. A situação poderia ser diferente se pelo menos o que foi compromissado tivesse sido cumprido. O atual prefeito se comprometeu, somente no setor de obras, que construiria ciclovias, daria continuidade ao anel viário, construiria um portal de entrada e recuperaria a malha viária do município. Esburacada, a malha viária pede socorro. As demais ações previstas jamais saíram do campo da intenção.
Na educação, a situação também é preocupante. Itaipulândia é o município paranaense que mais gastou com educação básica em 2015, porém faz parte do grupo com os menores índices de qualidade de ensino. A conclusão faz parte de um levantamento do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A cidade consumiu R$ 11,8 mil por aluno, porém não se saiu bem nos quesitos avaliados pelo TC: ficou no 128º lugar no ranking de eficácia. Por causa da alta despesa com pouco resultado, ficou em último lugar no indicador de eficiência (nota de 0,314).