O debate começou com protestos do público que exibiu cartazes pedindo a manutenção do emprego dos cobradores e motoristas do transporte coletivo. O vereador Nilton Bobato (PC do B), autor do requerimento, comandou a audiência pública.
Entre os convidados, estiveram o diretor superintendente do Foztrans, Edson Stumpf; o diretor da empresa LOGITRANS, Antônio Carlos Marchezetti; e representantes dos trabalhadores em transporte rodoviário, das empresas que operam o serviço, da Acifi e do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares.
A apresentação do estudo sobre as novas linhas implantadas em janeiro e uma pesquisa apontando o grau de satisfação dos usuários geraram discussão na platéia. Algumas pessoas questionaram a veracidade dos dados e do próprio levantamento.
O representante da LOGITRANS, empresa de Curitiba que elaborou a forma de operação do novo sistema de transporte coletivo afirmou que mais de 12 mil passageiros foram entrevistados.
Edson Stumpf tranquilizou a população sobre as mudanças. “Vamos manter os itinerários atuais e, onde houver a necessidade de mais ônibus, a frota será reforçada, como por exemplo na avenida República Argentina”.
Stumpf também anunciou que as alterações serão gradativas e, a partir de agora, o instituto de trânsito vai ouvir os usuários para adequar o sistema às necessidades de cada bairro, antes de colocar o plano em operação.
Nos próximos dias, a prefeitura vai lançar uma campanha para divulgar as etapas de implantação das novas linhas por regiões. A primeira será no eixo Norte-Sul, depois na região do bairro Morumbi e, completando o cronograma, os eixos da Avenida Paraná-AKLP, rodovia das Cataratas e, por último, o bairro Três Lagoas, onde o município se comprometeu a construir um terminal coberto.
A audiência pública foi motivada depois de protestos dos usuários em janeiro desse ano, quando a prefeitura implantou o novo sistema de transporte coletivo. A quantidade de ônibus foi reduzida, o tempo de espera aumentou e as linhas ficaram mais longas.
A insatisfação dos passageiros levou o município a admitir as falhas e retornar com o antigo sistema. Depois de ouvir as considerações da mesa, alguns cidadãos usaram a tribuna para expressar a insatisfação com o projeto.
Eles pediram mais estrutura nos pontos de ônibus, conforto para os usuários, instalação de ar condicionado nos veículos e um trajeto mais curto das linhas, para maior rapidez no deslocamento.
Os vereadores Carlos Budel (PSDB), Luiz Queiroga (DEM), Edson Narizão (DEM), Gessani da Silva (PP), Zé Carlos (PMN), Sérgio Beltrame (PMDB) e Rodrigo Cabral (PSB), também participaram da audiência pública, que durou mais de três horas, ultrapassando o tempo regimental que é de duas horas.
Com tanta polêmica em torno do tema, alguns vereadores e integrantes da mesa sugeriram que a audiência fique em aberto para novos encontros com a comunidade e todas as partes envolvidas. As reuniões deverão acontecer nos bairros, com a participação das associações de moradores, autoridades e o Foztrans.
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