O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em Foz do Iguaçu na próxima terça-feira, 4 de julho, e vai anunciar a retomada das obras da sede da Unila e a construção de mais 200 casas. Lula vai participar da reunião da 62ª cúpula do Mercosul em Puerto Iguazú com os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Luis Alberto Lacalle Pou (Uruguai). No encontro, Lula vai assumir a presidência pro tempore do Mercosul.
Lula vai desembarcar às 16h no aeroporto internacional das Cataratas e segue para o canteiro de obras da Unila, ao lado da Itaipu Binacional. Em março deste ano, na posse do economista Enio Verri na diretoria-geral da binacional, o presidente afirmou a intenção de retomar as obras, abandonadas em 2014, do campus da universidade.
O presidente brasileiro participa ainda da posse da nova reitora da Unila, Diana Araújo. No mesmo ato, Lula confirma o repasse de R$ 17 milhões da Itaipu Binacional para compra de equipamentos e mobiliários para 278 colégios estaduais das regiões de Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo.
Também vai anunciar a construção de 200 casas em Foz do Iguaçu viabilizadas através da venda de 48 casas que pertencem a Itaipu na Vila A. Enio Verri e o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro (PSD) já acertaram detalhes da área escolhida para a construção das moradias que vão atender, prioritariamente, famílias de baixa renda e vulneráveis.
Unila
A sede da Unila foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer – um dos seus últimos trabalhos – em área doada pela Itaipu. As obras chegaram a 45% da conclusão e foram abandonadas pelo grupo construtor em função da falta de acordo em relação aos aditivos pleiteados pelas empreiteiras.
Em maio, a Itaipu Binacional criou um grupo de trabalho para estudar alternativas para a conclusão das obras do campus da universidade que devem ser entregues até agosto e seguem três linhas: análise jurídica, avaliação técnica das edificações e encaminhamentos do processo licitatório. A questão jurídica envolve o relacionamento da Itaipu com o Ministério da Educação, a Unila e o próprio escritório do arquiteto Oscar Niemeyer.
“Hoje, já existe uma posição formada no sentido de terminar a parte do projeto Niemeyer que já está construída. A intenção é a retomada desta parte fazendo as adequações necessárias para que o projeto mantenha um custeio e de ser mantido, ou seja, que a gente tenha uma obra que não exija um custo muito alto. Como se trata de uma obra pública, impensável que essa obra permaneça inacabada, ela precisa ser terminada”, disse a reitora Diana Araújo, eleita em maio para um mandato de quatro anos.
Mobiliário
A compra de equipamentos e mobiliário aos colégios faz parte do convênio do repasse de R$ 17 milhões da Itaipu Binacional com a Secretaria de Educação do Paraná. Serão comprados móveis como armários, estantes, conjuntos de refeitório (mesa e banco) e banquetas de laboratório, além de 30 mil conjuntos de mesas e cadeiras escolares e 300 mesas acessíveis, para crianças e adolescentes com necessidades especiais. Os equipamentos serão usados em salas de aula, bibliotecas, refeitórios e laboratórios.
Casas
A construção das 200 moradias que será anunciada pelo presidente Lula será viabilizada com os recursos do leilão da venda de um lote com 48 imóveis desocupados na Vila A. Este será o segundo lote de imóveis leiloados pela Itaipu em menos de dois anos. O primeiro leilão ocorreu em dezembro de 2021, com a venda de 17 imóveis. O leilão está previsto para o dia 1º de agosto.
O diretor-geral, Enio Verri, e o diretor administrativo, Iggor Gomes Rocha, já se reuniram com o prefeito Chico Brasileiro, a diretora-superintendente do FozHabita, Elaine Anderle, o secretário de Administração, Nilton Bobato, o secretário de Direitos Humanos, Ian Vargas, e a diretora de Direitos Humanos, Mazé El Saad, e discutiram possíveis áreas e projetos para a construção das casas.
A Itaipu entende que a desmobilização dos imóveis é necessária, uma vez que essas casas já cumpriram sua função original. Desde 2004 até o momento, foram alienados 1.401 imóveis residenciais nos conjuntos habitacionais A e B. Ainda restam 905 imóveis para alienação, dos quais 93 estão vagos. Além disso, há outras 812 casas habitadas aguardando a conclusão dos estudos para serem alienadas.
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