Uma audiência pública no próximo dia 11 de maio vai debater a situação dos ex-funcionários da Santa Casa Monsenhor Guilherme, fechada há 11 anos.
O evento, a partir das 19h no Plenário da Câmara Municipal, foi convodado pelo vereador Zé Carlos (PMDB).
O leilão da massa falida ocorreu em 2006 – o prédio foi adquirido pelo deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB), por R$ 4,8 milhões. O imóvel ainda está desativado.
Tema de um discurso acalorado do vereador Zé Carlos (PMN) – veja matéria – será discutido em Audiência Pública, solicitada através do requerimento no 63/2012. Jogados a própria sorte desde o fechamento da Santa Casa Monsenhor Guilherme, os ex-funcionários do hospital amargam desemprego, direitos trabalhistas e abandono.
O leilão da massa falida ocorreu em 2006 – o prédio foi adquirido pelo deputado federal Alfredo Kaefer, por R$ 4,8 milhões. O pagamento foi feito em 60 parcelas de R$ 66.666,66, quitadas em setembro do ano passado. O imóvel ainda está desativado.
Essas questões serão debatidas na audiência pública marcada para o dia 11 de maio, às 19h, na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.
O requerimento no 63/2012 é de autoria do vereador Zé Carlos. Ele espera a presença da comunidade, dos ex-funcionários da Santa Casa, do Deputado Federal Alfredo Kaefer e do Deputado Estadual Fábio Camargo, presidente da CPI das massas falidas. “Será um momento para trazer à tona o andamento dos processos trabalhistas e cobrar das autoridades uma solução para esses trabalhadores que tiveram prejuízos financeiros e morais”, disse Zé Carlos.
O mais antigo hospital de Foz do Iguaçu fechou as portas há seis anos, mas até hoje, cerca de 600 ex-funcionários ainda brigam na justiça, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde. Os processos tramitam na 4ª vara civil da Comarca local. Os credores não se conformam com a demora na solução do caso.
Lentidão e Denúncia
Segundo informações da Assessoria da Câmara, o atendente de farmácia Jailson Soares da Silva trabalhou 11 anos na Santa Casa e lamenta a situação dele e dos ex-colegas. “Alguns já morreram antes mesmo de receber as indenizações e muitos, até hoje, estão desempregados, passando necessidade ou com problemas de saúde”, afirmou Jailson.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde, Paulo Sérgio Ferreira, recebeu denúncia de desvio de dinheiro da venda do hospital. “Tenho um relatório de 150 páginas com sérias acusações contra a administração da massa falida. Cerca de R$ 900 mil reais teriam sido desviados. Só com o aluguel de depósito para sucatas seriam 9 mil reais por mês”, alertou o sindicalista.
Contato – Zé Carlos – (45) 9969 2002