Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (13), no 14º Batalhão de Polícia Militar de Foz do Iguaçu, o prefeito Reni Pereira, e representantes da Secretaria Municipal de Segurança Pública, do Foztrans, Secretaria Municipal da Saúde e da Polícia Militar de Foz do Iguaçu, discutiram a necessidade de criar campanhas educativas no trânsito que diminuem os acidentes.
Números mostram que são preocupantes os acidentes envolvendo motocicletas no Município de Foz do Iguaçu.
De acordo com os registros da Polícia Militar de Foz do Iguaçu , de janeiro de 2015 até agora, 766 acidentes no trânsito aconteceram em Foz do Iguaçu.
Acidentes com motocicletas são 162, 123 com vítimas. Os acidentes foram registrados em tempo considerado bom, sem chuva ou clima nublado. 80% eram homens, entre 18 e 29 anos, e 24% com menos de 5 anos com carteira de motorista. 29,14% não eram habilitados para pilotar em motocicletas.
De acordo com o assessor de imprensa da Polícia Militar Tenente Mendes, o maior número de acidentes, envolvendo motos, é registrado nos três horários de fluxo intenso no trânsito, ou seja, no início da manhã, ao meio-dia e após às 18h. “Esses acidentes, muitas vezes são provocados por imprudência. Já os acidentes por embriagues são registrados com mais intensidade à noite e nos finais de semana”, disse o tenente, que reforçou a importância das fiscalizações para que o Município tenha um menor reflexo dos acidentes na saúde pública.
O prefeito de Foz do Iguaçu destacou a parceria da Prefeitura, através da Secretaria de Segurança Pública e da Guarda Municipal, no reforço à essas fiscalizações. “Todos os acidentes, inclusive os que envolvem motocicletas, independente da placa do veículo ou da moto, quando causam vítimas, acabam superlotando o hospital municipal, muitas vezes, tirando um leito de pessoas com outras necessidades e outras doenças.
Precisamos então prevenir que esses acidentes ocorram no trânsito de nossa cidade, e para isso estamos unindo forças e trabalhando em conjunto com os demais órgãos responsáveis para intensificar as ações no trânsito e as blitz. Também alteramos a legislação para uso de motocicletas no trânsito, e devemos fiscalizar mais agora”, destacou Reni Pereira.
Para o secretário de Segurança Pública de Foz, Cleumar Farias, o trabalho de fiscalização será incluído como um calendário oficial de fiscalizações a ser realizado no Município de Foz do Iguaçu. “Aquelas pessoas que passam a dirigir e pilotam as motocicletas sem CNH, com equipamentos irregulares certamente vão cair nas blitz e iremos orientá-las. Entendemos o anseio da secretaria da saúde em relação ao aumento de atendimentos no hospital quando acontecem esses acidentes. Para se ter uma ideia, na última fiscalização que fizemos, em pelo menos 1 hora, 21 motocicletas apresentaram algum tipo de irregularidade. Estamos fazendo nossa parte e iremos intensificar as ações agora, com mais palestras, com a escolinha de transito que já realizamos e com as blitz em áreas diferentes”, enfatizou o secretário.
O superintendente do Foztrans, Carlos Juliano Budel, também reforçou a necessidade de se realizar fiscalizações e blitz organizadas com todos os setores da segurança pública. “Já atuamos em fiscalizações com a Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal na ponte da Amizade. Nosso foco agora será mais em relação ao transporte do que no trânsito em si. Notamos como é grande o número de mototaxistas, por exemplo, que atuam o exercício na cidade de forma irregular, clandestinamente e sem estarem capacitados para esta atividade, por isso, iremos somar forças para fiscalizar de todas as formas e conscientizar todos os motoristas da importância de se evitar qualquer acidente”, disse Budel.
O secretário municipal da saúde, Challes Bortolo, revelou que o preço que o Município paga, por cada pessoa que é acidentada, retirada do local do acidente pelo Siate e encaminhada até o hospital municipal, em média, tem sido em torno de R$ 10 mil. Segundo o secretário, somente na semana passada, o hospital municipal recebeu 51 pessoas que sofreram acidentes no trânsito com moto. “Tivemos que retirar leitos da ortopedia e cancelar cirurgias eletivas para atender essas pessoas e dar prioridade naquele momento para quem sofreu o acidente. O hospital passou a contar com 185 leitos num total, mas temos de atender a todos. Precisamos de uma campanha de prevenção de acidentes para conscientizar à população sobre os riscos no trânsito e evitar os acidentes, principalmente com moto, que tem sido os maiores registros”, enfatizou.
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