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EM DEFESA DO ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vem enfrentando o seu maior desafio desde o início de sua implantação. Trata-se de um mecanismo que busca avaliar a qualidade do ensino médio e, ao mesmo tempo, certificar os estudantes para o acesso ao ensino superior – faculdades e universidades, que cada vez mais adotam o exame como forma de admissão, superando o antigo e ultrapassado vestibular. O Enem é estruturante e sistêmico, deve ser preservado e aperfeiçoado.

O Ministério da Educação (MEC) e o Inep, órgão executor do exame, precisam priorizar o Enem. O Ministério deve adotar mais rigor na formulação das provas, no controle da impressão e manejo das mesmas, evitando assim vazamentos de gabaritos e tentativas de fraudes. Além disso, corrigir os erros gritantes na formulação das questões, que muitas vezes confundem os alunos.

Techo de artigo do presidente do PCdoB-PR, Milton Alves. Leia a íntegra AQUI

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EM DEFESA DO ENEM

EM DEFESA DO ENEM

Por Milton Alves:

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vem enfrentando o seu maior desafio desde o início de sua implantação. Trata-se de um mecanismo que busca avaliar a qualidade do ensino médio e, ao mesmo tempo, certificar os estudantes para o acesso ao ensino superior – faculdades e universidades, que cada vez mais adotam o exame como forma de admissão, superando o antigo e ultrapassado vestibular. O Enem é estruturante e sistêmico, deve ser preservado e aperfeiçoado.

O Ministério da Educação (MEC) e o Inep, órgão executor do exame, precisam priorizar o Enem. O Ministério deve adotar mais rigor na formulação das provas, no controle da impressão e manejo das mesmas, evitando assim vazamentos de gabaritos e tentativas de fraudes. Além disso, corrigir os erros gritantes na formulação das questões, que muitas vezes confundem os alunos.

Neste sentido, o Ministério da Educação deve buscar apoio nos organismos de inteligência (Abin) e na Polícia Federal, resguardando assim a credibilidade do exame. É necessário recordar que um dos maiores problemas surgidos no Enem tem sido o da impressão das provas, foi assim no ano passado e agora novamente. Portanto, uma falha que o governo pode superar. Também é necessário que o MEC investigue a possibilidade de sabotagem.

Segundo, o MEC o exame teve a participação de mais de 3 milhões de estudantes e as provas com problemas atingiram o índice de 0,04%, cerca de 1800 alunos, ou seja, um universo diminuto, que não demanda a anulação do certame. No entanto, a lentidão burocrática do MEC, o desencontro de informações e a má fé de setores da mídia, deram uma dimensão de desastre, de fracasso em toda linha na execução do Enem-2010.

Para recuperar e seguir em frente com Enem, o MEC precisa assegurar a credibilidade do sistema de elaboração e confecção das provas, esclarecendo cabalmente todos os erros, e responsabilizar os gestores que cometeram algum tipo de falha no processo.

Um país que realiza um dos maiores pleitos eleitorais do mundo sem nenhum problema de monta na operação, distribuição de materiais e apuração de votos, tem a capacidade e a inteligência acumulada para realizá-la com competência um exame único e nacional de aferição da qualidade do ensino médio.

Para continuar avançando num modelo educacional inclusivo é uma necessidade a manutenção do Enem e a adoção de outros mecanismos de estímulos aos nossos jovens que cursam o ensino médio. Na prova da vida, o Enem apenas começou, e alguns tropeços ocorrem na infância…

*Milton Alves é presidente estadual do PCdoB-PR e membro do Comitê Central