Denise Mello e Flavia Barros, na Banda B
O presidente do PMDB e também vice-presidente da República Michel Temer (PMDB-SP) deu início hoje em Curitiba a uma série de viagens que fará pelo Brasil para reforçar o partido nas eleições municipais de outubro. Em encontro com peemedebistas na sede do partido pela manhã, na Rua Vicente Machado, Temer evitou falar das denúncias da nova fase da Operação lava jato que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Garantiu que mantém uma boa relação com a presidente Dilma Rousseff (PT) e que só a união de todos os setores fará com que o país saia da crise. Do contrário, será muito mais difícil.
“Para debelar a crise só mesmo com a união de todos os setores. Só a pacificação do país, com a colaboração de todos, irá nos tirar desta situação. Se isso não acontecer, confesso que não será fácil sair desta crise”, afirmou Temer.
Ao lado do senador Roberto Requião, o vice-presidente foi claro ao dizer que o PMDB já trabalha para romper com o PT e lançar candidato próprio à Presidência da República em 2018. O partido vai fazer 50 anos e nunca teve um presidente eleito pelo voto direto.
“Para chegar a 2018 precisamos passar por 2016. Por isso, estamos fazendo esta Caravana da Unidade, para entusiasmar nosso PMDB em todo o país incentivando que os diretórios lancem candidatos bem sucedidos. Todos terão um programa do partido para anunciar. Queremos, por exemplo, estabelecer a verdadeira federação. Propor uma proposta de mudança constitucional que fortaleça os municípios (..) Estamos certos de que vamos assumir o país com candidatura própria em 2018″, completou.
Sobre as investigações da Lava Jato, o peemedebista disse que cada um está fazendo seu papel provando que o Brasil vive um momento democrático. ” A Lava Jato é uma questão do Ministério Público, da Polícia Federal, do Poder Judiciário. Não pode embaraçar o país. Se forem comprovadas todas as acusações, claro que vejo com olhos de quem vê um escândalo, mas as instituições estão funcionando, do contrário, não haveria apuração. Vivemos um momento democrático no país”.
Reunião local
No período da tarde, Temer deve se reunir com a executiva estadual para tratar de questões relativas às dissoluções de diretórios municipais e também das eleições municipais. Há a possibilidade de se discutir a situação dos diretórios que não estejam alinhados com a atual direção do partido e até dissolver alguns, se for o caso. No Paraná, há uma clara divergência entre os peemedebistas internamente. Aliado a Temer está Requião e seu grupo político.
Caravana
De Curitiba, Temer segue para Florianópolis (SC), onde terá encontros com peemedebistas e empresários, e, na sexta-feira (29), passará por João Pessoa (PB), Natal (RN) e Recife (PE).
Logo depois do carnaval, Michel Temer visitará cidades do Norte e Nordeste, e também pode ir a Belo Horizonte. O objetivo é rodar o país e visitar as principais capitais brasileiras.
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