Os presos da sétima fase da Operação Lava Jato começam a prestar depoimento neste sábado (15) na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Um avião, com 16 suspeitos, deixou o Rio de Janeiro e chegou à capital paranaense por volta das 4h20. Além destes, também prestarão informações quatro investigados que se entregaram voluntariamente à polícia na noite de sexta-feira (14) e seguem presos. Todos são ligados ao alto escalão de empreiteiras que possuem contratos com a Petrobras. Outros cinco investigados ainda são procurados.
A sétima fase da Operação Lava Jato – que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro na ordem de R$ 10 bilhões –, deflagrada na sexta-feira (14), teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras, que apenas com a Petrobras têm contratos que somam R$ 59 bilhões. Boa parte destes contratos estão sob avaliação da Receita Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos cumpridos 85 mandados em cidades do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná, responsável pelas investigações.
Segundo a Polícia Federal, as apreensões, diligências, quebras de sigilo e depoimentos – colhidos durante toda a Operação Lava Jato – produziram um material robusto que prova o envolvimento de nove empreiteiras com formação de cartel e desvio de recursos para corrupção de entes públicos.
Os presos não estão em celas separadas. De acordo com a Polícia Federal, eles foram divididos de maneira confortável pela carceragem. Entre os detidos está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que foi indicado pelo PT para o cargo. Ele foi detido em casa, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Duque é o segundo diretor da estatal preso em diligências da Operação Lava Jato. O primeiro foi Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento.
Os quatro investigados que se entregaram diretamente da superintendência da Polícia Federal em Curitiba são Valdir Lima Carreira, da Iesa, Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Júnior, Newton Prado Jr, da Engevix, José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS. Assim como os demais, eles ficaram detidos.
Ainda há cinco mandados de prisão em aberto, por isso, aqueles investigados que ainda não foram encontrados tiveram os nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.
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