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Em Curitiba, os erros que podem levar Fruet a nocaute no primeiro round

fruet mac donald

Do Valdir Cruz

1) Fruet se elegeu numa coligação de centro esquerda, com apoios importantes de setores progressistas de Curitiba. No poder, isolou-se. Deu uma guinada à direita. Passou o mandato tentando se aproximar de Beto Richa. Para tornar esta aproximação mais fácil, manteve em cargos estratégicos pessoas ligadas ao governador. Por causa disso, perdeu identidade (e credibilidade) desde o início.

2) Se política é a arte de dialogar e agregar, Fruet não sabe fazer política. Pois, no poder, ele não conversou. E desagregou. Quem era amigo, virou inimigo. E para mostrar que não queria o mínimo de contato com quer quer que seja, escolheu para a chefia de gabinete o homem mais casca grossa que existe no Paraná. Isolado, ouvia o murmúrio dos comissionados, jamais o grito das ruas.

3) Sem uma massa crítica em volta, Fruet foi engolido pela burocracia. Problemas simples e fáceis de serem resolvidos, como a substituição de lâmpadas numa rua às escuras, virou uma luta de burocratas, tecnocratas e legalistas. Resultado: o problema não se resolve, causando indignação na população, que vê nisso descaso e incompetência.

4) Durante boa parte da gestão, Fruet passou ao longe dos jornalistas, das redações e dos setores efervescentes da formação da opinião pública, como universidades, associações de moradores e sindicatos. Este erro está se revelando fatal agora, em plena campanha. Pois o prefeito treme diante de adversários, não sabe como se comportar na frente das câmaras de TV e seu discurso parece decorado e ensaiado. E, mesmo assim, ele transmite uma insegurança digna de um estagiário no primeiro dia de trabalho.

5) Por fim, o prefeito não trouxe nada de novo. Não há uma obra diferente para ele chamar de sua. Tal como um subgerente sem poder, Fruet passou quatro anos reformando unidades de saúde, praças e recapeando ruas do Centro…