Por Flávio Laginski, em O Estado do Paraná:
A Marcha da Maconha, que seria realizada neste domingo (22) em Curitiba, não vai mais acontecer. Porém, os organizadores da passeata, como uma forma de protesto, marcaram para o mesmo dia a Marcha pela Liberdade de Expressão.
O objetivo dos organizadores é mostrar que houve uma decisão arbitrária sobre a proibição da marcha inicial, que foi coibida pelo juiz Pedro Luís Sanson Corat, atendendo a um requerimento solicitado pelo deputado federal Fernando Destito Francischini (PSDB-PR), cujo argumento é o de que a passeata tem como único fim fazer apologia ao uso do entorpecente.
Uma das pessoas envolvidas com a manifestação, Jéssica França, afirma que ouve arbitrariedade por parte do parlamentar e da justiça e que eles não entenderam o objetivo do evento.
“Não estamos fazendo apologia ao uso da maconha. Não estamos aliciando as pessoas a se tornarem usuárias. Queremos apenas debater o assunto. Defendemos o uso medicinal, pois há estudos que comprovam a eficácia para o tratamento de algumas doenças, e também recreativo, pois acreditamos que isso iria diminuir com o problema de tráfico de drogas”, comenta.
Para França, os grandes responsáveis pela proibição são a falta de informação e o excesso de conservadorismo.
“Apenas em Curitiba e Belo Horizonte (MG) a passeata foi proibida. Em outras cidades, tanto do Brasil como de outros países, não tivemos notícias de que as pessoas fossem impedidas de manifestar o seu livre pensamento. Por causa disso é que mudamos o foco da passeata. Não podemos aceitar que se cerceie a liberdade de expressão. É muito decepcionante esta situação”, opina.
A Marcha pela Liberdade de Expressão será realizada no domingo (22), às 15h, na Praça Santos Andrade, em frente ao edifício da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Centro de Curitiba.
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