Por Elizabete Castro, em O Estado do Paraná:
O ex-deputado estadual Rafael Greca de Macedo será o coordenador do programa de governo do PMDB para disputar a prefeitura de Curitiba nas eleições do próximo ano. A tarefa foi a primeira assumida por Greca, na sua nova condição de pré-candidato a prefeito. O ex-deputado anunciou sua disposição de concorrer neste sábado, 9, durante encontro municipal do partido, realizado em Curitiba, na sede do diretório estadual.
Greca tem o aval do grupo comandado pelo senador Roberto Requião, cujo controle sobre o partido no estado está sendo contestado por setores da bancada estadual e pelo ex-governador Orlando Pessuti. Estes grupos defendem a volta do ex-deputado federal Gustavo Fruet para ser o candidato do PMDB à prefeitura. Alguns deputados estaduais participaram do encontro. Entre eles, Alexandre Curi, Cleiton Quielse e Gilberto Martin.
Greca afirmou que sua pré-candidatura não é excludente e que vai buscar o diálogo com todas as correntes do partido. “Esta reunião mostrou que a maioria do partido está aqui. Mas se houver pensamentos diferentes, vamos conversar. Não sou um produto do mercado. Não vou usar a prefeitura de Curitiba como trampolim e acho que a tarefa é apaixonante”, disse.
Cisma
Requião defendeu o lançamento de candidatura própria do partido à prefeitura. “Partido que não tem candidato não existe. Acaba”, afirmou o senador, que nega a existência de um grupo de “oposição” interna. “Tentaram fazer uma reunião, um movimento. Mas não existem. Para mim, este é o cisma do Jardim Alegre. Eu não vou dar palpite em Jardim Alegre”, disse o senador, em alusão à cidade onde Pessuti nasceu.
O senador afirmou que não é contra o retorno de Gustavo Fruet ao partido. “Ele pode vir, como um militante. Eu gosto do Gustavo. É um bom sujeito. Mas a questão é que ele está comprometido com outro projeto que não é o nosso. Ele está comprometido com a política do PSDB. Não há sincronia com o PMDB”, disse.
Incompatibilidade ideológica também é mencionada por Requião para justificar seu rompimento com Pessuti. “São divergências programáticas e ideológicas. O Pessuti assumiu e acabou com o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Liberou o pagamento de precatórios. Tomou uma série de medidas irresponsáveis administrativamente”, atacou.
A NAU SEM RUMO
Não bastassem as constantes demonstrações de incompetência do dia a dia, o governo do sr. Fernando Henrique Cardoso acabou transformando a festa dos 500 anos em um enorme fiasco. O caso da nau capitânia é uma dessas coisas de deixar português rindo das piadas sobre brasileiros. E quantas não devem ter sido produzidas, com justo merecimento.
Quinhentos anos atrás, os portugueses, sem a tecnologia dos tempos atuais, construíam suas caravelas e singravam os sete mares sem qualquer outro problema, que não o das tempestades marítimas. A nossa, construída quinhentos anos após, siquer conseguiu deixar o porto, numa demonstração inequívoca da incompetência, da negligência, da falta de pudor e de amor ao nosso país.
Cerca de aproximadamente quatro milhões de reais, foram investidos neste projeto por parte do governo brasileiro e um grupo de empresários, que pretendia a construção de uma réplica da caravela utilizada por Cabral, para efetuar uma pequena viagem entre Salvador e Santa Cruz de Cabrália. Um verdadeiro festival de equívocos não permitiu que o clone da nau capitânia participasse das comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil. Cada tentativa de sair do porto, era uma nova certeza de a ele retornar, inúmeros eram os problemas gerados por um projeto mal feito e mal concretizado.
O jornal A Folha de São Paulo, que andou coletando preciosidades relacionadas com a aplicação dos recursos destinados ao projeto, selecionou alguns interessantes, que me permito tornar a veicular: quase R$ 1.600,00 em almoços e jantares em restaurantes do Rio de Janeiro, onde estavam incluídas 42 doses de uísque, alem de vinhos, cervejas, refrigerantes, vodca e caipirinhas. Não é atoa que a nau quase foi a pique.
Para a consecução deste projeto, o Ministério do Esporte e Turismo, à época gerenciado pelo patético Ministro Rafael Greca, firmou convênio com o Instituto Memorabilia, do qual nunca ouvi falar, injetando R$ 2,3 milhões de suados reais que nos são tomados diariamente através da derrama fiscal que se instalou no país. E pasmem: o presidente desse Instituto, Sérgio Aguiar, utilizou recursos desta verba para pagar despesas de todo tipo, inclusive impostos e compra de detergentes, alem de aproveitar a festa para viajar a Portugal e Bahia, por conta da viúva.
Além disso, foram utilizados recursos também para pagar os salários de duas assessoras do Instituto Memorabilia -Ieva Cardoso (que não se perca pelo nome) e Ana Julia Morales de Aguiar, que pelo sobrenome, quem sabe, deva possuir qualquer parentesco com o presidente da referida entidade, alem de despesas de taxi e do pagamento de uma fatura do cartão de crédito do presidente da Memorabilia. Talvez a única aplicação que, muito embora ilegal, tenha tido algum proveito, foram os trezentos reais destinados à Unicef.
Não vou nem falar dos erros cometidos na construção da nau capitânia, que acabou capitaneando a degola do Ministro Greca, aliás, de há muito esperada. De acordo com alguns gozadores de plantão, a nau perdeu as comemorações dos 500 anos, mas poderá ser aproveitada para as festas juninas que se aproximam. Afinal de contas, vai ter muita madeira de sobra para alimentar as fogueiras de Santo Antonio, São João e São Pedro.
É por essas e outras questões, que o sr. FHC fica nervoso e comete ameaças a parlamentares que querem um salário mínimo mais justo. Afinal de contas, o erário precisa economizar recursos para construir uma nova caravela para a festa dos mil anos, e proporcionar, quem sabe, para qualquer outro Instituto e sua diretoria, as mordomias proporcionadas nesta primeira versão da nau capitânia. Fora isto, é bom não viajar para Portugal nos próximos anos. Num vai dar para aguentar as piadas sobre os brasileiros.
by Carlos Pinto
18/05/2000
Webmaster: Bethynha
As pessoas que não tem argumentos contra o Greca usam o caso da Nau como arma de agressão. Por que não usam exemplos como Faróis do Saber,Bi-Articulados,Transporte coletivo de qualidade,Armazém da Família, Rua da Cidadania, Carrinheiros Cidadões, Câmbio Verda, a PEDREIRA PAULO LEMINKI aberta como exemplo de obras que deveriam ser seguidas pelo seus sucessos…
Nunhum deles teve a competência de seguir os planos sociais adiante, apenas usaram a prefeitura de Curitiba como Trampolim Politico. Vale lembrar que o Cassio e Beto negaram ligação na campanha de 2004, no entando o prefeito que foi CONDENADO POR IMPROVIDADE ADMINISTRATIVA hoje faz parte do GOVERNO do PREFEITO QUE FOI ACUSADO DE CAIXA 2 nas eleições.
A elite que pensa no “seu” deve pensar na Curitiba como um todo. Requião e Greca deram o exemplo de um PMDB forte e unido como sempre, que não se vende por cargos comissionados como alguns.
Parabéns RAFAEL GRECA. Curitiba te espera novamente de braços ABERTOS!