A secretária de Educação de Curitiba, Eleonora Fruet, decidiu não mais integrar o governo de Luciano Ducci (PSB). Ela entregou a carta de demissão ao prefeito, igual fez em 2004, quando integrava o secretariado do ex-governador e senador eleito Roberto Requião (PMDB), que bateu de frente com o irmão dela, o deputado federal em fim de mandato Gustavo Fruet (PSDB).
O motivo da decisão de Eleonora? Gustavo planeja disputar a prefeitura de Curitiba em 2012. Ora, é o mesmo cargo ao qual Ducci deverá disputar a reeleição, com apoio total irrestrito do governador eleito Beto Richa (PSDB).
Logo, as bicadas entre o tucano e o peessebista serão inevitáveis, avaliam observadores da cena política local.
Em 2004, quando Eleonora saiu do governo Requião, o irmão saiu inclusive do partido do ex-governador, o PMDB. Será que a saída dela da prefeitura é o prenúncio de casa do Gustavo? Aliás, o melhor caminho para o deputado, derrotado ao Senado com mais de 2,5 milhões de votos, é tema da enquete da semana do blog.
A informação sobre a carta de demissão de Eleonora veio a público nesta quarta-feira (15), nas linhas da coluna Vapt-Vupt do site Paraná Online. Segue a íntegra da nota:
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Desembarque
A secretaria municipal de Educação, Eleonora Fruet, apresentou seu pedido de demissão ontem ao prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB). O assunto foi tratado como segredo de estado pela administração municipal e os aliados tucanos já que a decisão de Eleonora envolve o futuro político do irmão, o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB).
A saída de Eleonara, se não houver refluxo, é o desdobramento natural do conflito que se instalou nos últimos dias no ninho tucano diante da postura de Gustavo de não recuar do projeto de concorrer à prefeitura de Curitiba em 2012. O projeto esbarra no acordo feito pelo governador eleito, Beto Richa (PSDB), de apoio à reeleição de Ducci na disputa municipal.
Gustavo não foi confirmado ainda no secretariado de Beto e já deixou claro que somente vai aceitar uma posição que o ajude na candidatura em 2012. Até ontem, não houve acordo nem foi confirmada a criação da Secretaria de Desenvolvimento Regional para Gustavo.
A carta de demissão de Eleonora indica que a hora da verdade chegou. Eleonora fez a mesma coisa em 2004, quando Gustavo rompeu com o PMDB e ela era secretaria de Planejamento de Roberto Requião.
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