Uma das principais novidades das eleições municipais de 2020 será a entrada em vigor da proibição das coligações proporcionais para candidatos a vereador. A mudança não influenciará apenas a disputa pelas 38 vagas na Câmara Municipal de Curitiba, mas também afetará diretamente a disputa pela prefeitura. Isso porque os partidos tendem a lançar candidatos próprios a prefeito para dar visibilidade e “puxar” votos para suas chapas de candidatos a vereador. Informações Bem Paraná.
O fim das coligações foi aprovado na reforma política votada pelo Congresso em 2017. O objetivo é impedir que um partido “transfira” votos para candidatos de outras legendas, com votação inferior por estarem coligados. Até então, o mecanismo permitia que siglas menores se juntassem a outras para conseguirem emplacar seus candidatos. Sem ele, os partidos terão que se virar sozinhos, o que a princípio, beneficiariam as agremiações maiores.
Chapa completa – Diante das novas regras, as legendas que quiserem entrar na disputa terão que apresentar chapas completas à Câmara. O que deve levar também ao aumento do número de concorrentes à prefeitura, já que os partidos que não disputarem a eleição majoritária tendem a eleger menos vereadores. Além disso, os candidatos dos grandes partidos terão pouco a oferecer para atrair outras siglas para uma coligação na disputa pelo Executivo. Nas eleições de 2016 em Curitiba, 19 partidos elegeram vereadores, mas apenas oito tiveram candidatos próprios à prefeitura.