Fernando Francischini (PSL) e Ney Leprevost (PSD), dois dos principais pré-candidatos à prefeitura de Curitiba em 2020, querem a advogada Rosângela Moro, esposa do ministro Sérgio Moro, como candidata a vice-prefeita em suas chapas. Fontes ligadas aos dois políticos e também à Rosângela Moro, confirmam as tentativas. As informações são de João Frey na Gazeta do Povo.
Tanto Franscichini como Leprevost foram fervorosos defensores da operação Lava Jato desde o início das investigações. Esse apoio aproximou os dois políticos da família Moro.
Quando Leprevost assumiu a Secretaria de Justiça no governo de Ratinho Junior convidou Rosângela para assumir um cargo na Secretaria, onde trabalharia com questões relacionadas a pessoas com deficiência. A nomeação não aconteceu, mas a relação segue próxima. Na terça-feira (17), ela esteve na sede da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, onde se reuniu com Leprevost para uma conversa sobre as Apaes.
Francischini também tem suas credenciais. Além de Fernando Francischini ter capitaneado diversas manifestações de apoio a Moro, o mandato de Felipe Francischini, filho de Fernando, na Câmara Federal tem sido um importante ponto de apoio do ministro da Justiça na Câmara dos Deputados. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Felipe tem dado prioridade a projetos apoiados por Sergio Moro.
Convites feitos, a expectativa é sobre a resposta. Fontes ligadas ao casal Moro dizem que o ministro não demonstra muito entusiasmo a respeito da candidatura de Rosângela em 2020. Outra dúvida colocada pelos interlocutores é sobre o cargo de vice, já que eles acreditam que Rosângela tem viabilidade de se lançar na disputa à cargos nacionais, como deputada ou senadora, por exemplo.
Por trás do convite de Francischini e Lepresvost está a certeza de que Moro será figura decisiva na campanha de 2020. Pesquisas internas contratadas por pré-candidatos, apontam que o ministro da Justiça e o governador Ratinho Junior são as figuras que têm mais capacidade de influenciar na eleição local, mais até que o presidente Jair Bolsonaro.”