O pré-candidato do PSDB a prefeito, Edson Lau, afirmou que a eleição municipal em Curitiba marcada para 15 de novembro “está aberta”. “O PSDB tem condições de apresentar um projeto qualificado para a cidade, sem radicalismos ou ressentimentos, mas que tenha o foco e o dinamismo que momento histórico exige”, disse Edson Lau.
“Tudo está organizado para termos uma representação qualificada na próxima legislatura. Neste período de isolamento social aproveitamos as plataformas digitais e fizemos um curso que durou 10 semanas e abordou diversos temas preparatórios para a campanha e para o exercício do mandato, que foi muito útil para os pré-candidatos e também para manter o time unido”, completou Edson Lau sobre a formação da chapa de vereadores..
Leia a seguir a íntegra da entrevista.
Como o PSDB avalia o quadro sucessório em Curitiba?
Há um quadro aberto. Notadamente quem está na gestão é favorito, até porque já é conhecido pelo grande público. Mas a grande quantidade de candidaturas postas em todos os espectros ideológicos são também um sinal de que boa parte da população não está tão feliz como tentam pintar. Nesse espaço o PSDB tem condições de apresentar um projeto qualificado para a cidade, sem radicalismos ou ressentimentos, mas que tenha o foco e o dinamismo que momento histórico exige. Estamos em 2020, os problemas do século XXI não podem ser resolvidos do jeito que era resolvido na década de 90.
O partido ainda está sobre o impacto da saída do vice-prefeito Eduardo Pimentel?
A política brasileira é muito marcada pelo personalismo, o PSDB também não está imune à este processo, tanto nacional quando localmente. Por isso, a saída ou problemas com quaisquer lideranças costumam impactar as legendas. O Eduardo é um grande amigo pessoal, que tem nosso respeito mas fez uma escolha política que não convergiu com o pensamento do PSDB. Vida que segue.
O PSDB vive sob o estorvo de Beto Richa?
Por que estorvo? Até por conta do personalismo, que citei na pergunta anterior, o PSDB foi durante anos o maior partido do Paraná por causa do governador Beto Richa, falar que ele é um estorvo seria injustiça e uma ingratidão institucional.
Como partido se organiza para as eleições de novembro, a chapa de vereadores?
Já há um desenho da chapa desde abril, quando terminou o prazo de filiações. Claro que todos os filiados que quiserem participar ainda tem tempo de colocar o nome para a convenção. Tudo está organizado para termos uma representação qualificada na próxima legislatura. Neste período de isolamento social aproveitamos as plataformas digitais e fizemos um curso que durou 10 semanas e abordou diversos temas preparatórios para a campanha e para o exercício do mandato, que foi muito útil para os pré-candidatos e também para manter o time unido.
A sua pré-candidatura é consenso no PSDB?
Espero que não, todo consenso ou unanimidade não é inteligente. Mas as principais lideranças do partido na capital e no estado já manifestaram apoio. Além disso, os pré-candidatos sabem a importância de uma candidatura própria.
O que o PSDB deixou de bom no Paraná, tem legado?
Para começar dá pra falar dos reflexos da nossa gestão no combate ao coronavírus. O Paraná tem uma das melhores relação de leitos de UTI per capita do Brasil e a grande expansão aconteceu na gestão do PSDB. Inclusive, vale ressaltar que o secretário de saúde do período é o atual líder do PSDB na Assembleia, o deputado Michele Caputo. Os leitos que estão sendo inaugurados hoje pelo governador Ratinho, cito os exemplos de Maringá e Cascavel, foram engatilhados pela nossa gestão.
O equilíbrio fiscal, uma das marcas nacionais do PSDB, também é um legado inegável que o governo do PSDB deixou para o Paraná. Dá pra falar de várias áreas, mas acho que essas duas são importantes para o atual momento e não devem deixar de ser ressaltadas.
Os cabeças pretas já superaram os cabeças brancas?
Não acredito nessa “divisão” interna. Acho que o Congresso que o PSDB fez o ano passado foi uma grande demonstração de unidade e alinhamento de discurso do partido, foi um grande evento de reencontro do partido com suas bases. O que nosso partido precisa fazer já nessas eleições é se reconectar com seus eleitores.
Não existe mais esse negócio de cabeças pretas versus cabeças brancas, foi uma questão que atingiu nossa bancada federal na legislatura anterior. O PSDB tem um currículo de bons serviços prestados por onde passou, por isso é importante respeitar os quadros históricos do partido. Da mesma maneira, nomes como o governador Eduardo Leite (RS), a deputada Mariana Carvalho (RO) e o prefeito Bruno Covas (SP) são uma nova geração de tucanos que têm o dinamismo e a visão que podem promover essa travessia e a reconexão dos tucanos com seu eleitorado.
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