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Educadores municipais ameaçam greve

"Os educadores que atuam na rede municipal de Curitiba prometem entrar em greve caso não seja revista a isonomia salarial da categoria. Ontem, os vereadores aprovaram, em regime de urgência, um projeto encaminhado pela Prefeitura que cria um plano único, definindo a atuação do profissional, seja nas creches ou na Fundação de Ação Social. Com isso, o salário da categoria irá sofrer reajustes. No entanto, os trabalhadores não concordam com a proposta e pedem um piso salarial."trecho da matéria desta terça-feira (12) no Estadinho, sobre o protesto dos professores municipais contra o prefeito Beto Richa (PSDB). Leia a matéria na íntegra em Reportagens.

Educadores municipais ameaçam greve

Educadores municipais ameaçam greve

Rosângela Oliveira

Os educadores que atuam na rede municipal de Curitiba prometem entrar em greve caso não seja revista a isonomia salarial da categoria. Ontem, os vereadores aprovaram, em regime de urgência, um projeto encaminhado pela Prefeitura que cria um plano único, definindo a atuação do profissional, seja nas creches ou na Fundação de Ação Social. Com isso, o salário da categoria irá sofrer reajustes. No entanto, os trabalhadores não concordam com a proposta e pedem um piso salarial.

A votação aconteceu sob protesto dos educadores. Eles acompanharam a sessão das galerias. Depois permaneceram nas escadarias da Câmara dos Vereadores. Os trabalhadores chegaram a queimar um boneco de pano, que segundo eles, simbolizava a administração do prefeito Beto Richa. De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues dos Santos, tanto para o cargo de educador quanto para professor, são exigidos o ensino médio e magistério. No entanto, os professores recebem, em média, R$ 529 por 20 horas de trabalho. Já os educadores ganham, por 40 horas de trabalho, R$ 680.

Além disso, eles reclamam que quando conseguem subir de nível na carreira os professores recebem 15% de aumento, enquanto os educadores 8,63%. “Diante dessas diferenças, nós queremos um piso salarial de R$ 1.194,48 para os educadores. Isso significa a isonomia entre as categorias”, disse a sindicalista. A proposta aprovada pelos vereadores, porém, não contempla o piso reivindicado pelos educadores.

A secretária de Educação do município, Eleonora Fruet, comentou que o salário dos educadores vai passar dos atuais R$ 698,90 para R$ 718,46, o que representa um crescimento de nível de 2,8%. Também irão receber uma gratificação de 20%, que irá alterar o salário inicial para R$ 862,16. Outro ganho para a categoria, disse a secretária, será em outra gratificação, que varia de 10% até 30%, para aqueles que moram distantes do local de trabalho. Com isso, a remuneração pode chegar a até R$ 1.077,69. Eleonora Fruet disse que o pedido de votação em urgência é porque a secretaria abrirá concurso no início do ano para a contração de cerca de 400 educadores. “Não adiantava fazer o concurso no regime antigo. Por isso pedimos a urgência”, justificou. Sobre a isonomia reivindicada pelos educadores, a secretária não descartou o assunto. “Acho que tudo é um processo e a discussão pode avançar”, finalizou.