Trabalhadores do MST entraram em confronto com policiais militares em frente ao Palácio do Planalto, sede do governo federal, na tarde desta quarta-feira (12) em Brasília. O tumulto chegou a suspender a sessão do STF. O MST queria entregar uma carta à presidente Dilma Rousseff com reivindicações sobre a reforma agrária e por isso eles tentaram chegar até o Palácio do Planalto. A marcha começou às 14h e reúne cerca de 15 mil pessoas, segundo estimativas da PM e do MST. As informações são do UOL
A entrada do Planalto foi isolada com barricadas de ferro colocadas na praça dos Três Poderes. Ao se depararem com o isolamento, os manifestantes do MST derrubaram as barreiras e seguiram em direção ao Planalto, sendo contidos pela PM. Teve então início um confronto por volta das 16h. A PM usou spray de pimenta e armas de taser, enquanto os sem-terra jogaram pedras e paus.
A confusão inicial durou menos de cinco minutos, mas houve princípio de tumulto por ao menos duas outras vezes. Líderes dos sem-terra negociaram com a PM para ficar dentro da praça, sem passar para a parte do asfalto que dá acesso ao Planalto.
O MST entregou uma uma carta com reivindicações ao ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que prometeu que os sem-terra serão recebidos pela presidente Dilma na quinta-feira (13). Entre elas estão a retomadas das desapropriações de terras para reforma agrária e a melhoria da infraestrutura dos assentamentos. Durante o 6º Congresso do MST, o governo federal tem sido criticado pela diminuição do ritmo da reforma agrária.
Com a presença do MST na praça dos Três Poderes, a sessão no STF foi suspensa.
Um dos integrantes do MST nacional, Jaime Amorim, afirmou que não houve intenção de enfrentamento com a PM. “Quando o governo não faz reforma agrária é isso que acontece, cria conflitos”, disse.
Mais cedo, também houve confusão quando a marcha passava em frente à embaixada dos Estados Unidos. Manifestantes e PMs iniciaram um confronto, mas a confusão foi contida.
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