De um lado, 1.283 militantes do PT de Curitiba defendem a aliança com Gustavo Fruet (PDT) já no primeiro turno e, de outro, 682 petistas bancam a candidatura própria
Por volta das 20h40 de ontem, duas chapas se inscreveram para a disputa interna do PT de Curitiba, que escolherá, no dia 15 de abril, os 300 delegados que terão direito de votar no encontro municipal da legenda nos dias 27 e 28 de abril.
A chapa 1 “Uma Aliança para Mudar Curitiba com Você”, integrada por 1.283 militantes do campo majoritário do partido, defende a aliança com o PDT de Gustavo Fruet no primeiro turno. A chapa 2 “Candidatura Própria Já” agrega 682 petistas, na proporção de 50% de homens e 50% de mulheres.
Agora, é oficial! As duas chapas têm aproximadamente 15 dias para convencerem os filiados de suas respectivas ideias.
Na eleição do dia 15 de abril, os petistas que estão em dia com suas contribuições partidárias e filiados há pelo menos um ano, escolherão os delegados que terão poder de votar nas teses do encontro municipal do PT de Curitiba e definir de uma vez por todas os rumos do partido nas eleições 2012.
A tese vencedora unificará as forças internas e a partir do encontro do dia 27 e 28 de abril, os curitibanos saberão se o PT caminhará ao lado de Fruet na disputa à Prefeitura de Curitiba ou se apresentará um nome do seu próprio quadro para o primeiro turno do pleito. Caso esta última tese saia vencedora do encontro, os mais prováveis pré-candidatos petistas seriam Ângelo Vanhoni, do Campo Majoritário/CNB, Dr. Rosinha, da Democracia Socialista (DS) e Tadeu Veneri, da Militância Socialista (MS).
Vanhoni está confiante na perspectiva de vitória que uma aliança com o PT de Gustavo Fruet, parceiro no governo federal de Lula e Dilma, sinaliza para a sucessão na Prefeitura de Curitiba e quer fazer um bom debate com a militância do partido sobre esse caminho com o objetivo de solidificar a unidade partidária.
“Vamos defender a unidade no processo de aliança, que fortaleça nossa atuação, que ajude o conjunto dos partidos nessa frente a obter a vitória, que retome a capacidade inovadora da cidade e que revitalize nossa vocação de cidade antenada com as transformações no mundo”, disse.
“É fundamental ainda que as inovadoras políticas sociais que o nosso governo federal tem colocado em prática no país encontrem seu espaço aqui em Curitiba. É nisso que acreditamos quando defendemos a aliança com o PDT, pois a população curitibana espera e merece esse respeito, esses direitos sociais e essa inversão de prioridades”, concluiu Vanhoni.
O deputado estadual Tadeu Veneri também confia na decisão que os filiados tomarão tanto no processo de escolha dos delegados, quanto no caminho que estes apontarão para o PT de Curitiba a partir do encontro municipal. “Os partidos são feitos para disputar eleições, como representantes da população.
A eleição é o momento de reforçar a imagem do PT em Curitiba e na Região Metropolitana”, disse. “Um partido como o PT, que há nove anos está na Presidência da República, que possui vários ministros de estado, deputados federais e estaduais, possui significativo percentual de votos, que é o mais respeitado no Brasil – e, diga-se de passagem, Dilma tem mais representatividade no Paraná do que o governador Beto Richa (PSDB) -, tem capital político para lançar candidatura própria”, argumenta Veneri.
Ambos os representantes das chapas inscritas neste sábado concordam que a disputa e o embate de ideias é parte integrante da democracia interna do PT e que tão logo o encontro da legenda defina se o partido terá candidatura própria este ano ou se fará aliança com o pedetista Gustavo Fruet já no primeiro turno, todos os militantes trabalharão em favor da proposta vencedora.
“O final desse processo, para nós do PT que defendemos a democracia como valor universal, é solidificar a nossa unidade e, com isso, caminhar unido na defesa da tese vencedora para fazer do nosso projeto também vencedor na cidade”, afirmou Vanhoni.
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