A reportagem sobre o caso da menina Tayná, veiculada neste domingo, 28, pelo programa Domingo Espetacular, exibido pela Rede Record, desqualifica os pseudos argumentos do Gaeco quanto ao processo de reconhecimento fotográfico dos policiais acusados de torturar os suspeitos do crime.
A matéria mostra, claramente, as contradições dos suspeitos ante o reconhecimento facial dos policiais civis. Em gravação, os suspeitos do crime contra a menina Tayná demonstram versões conflituosas e várias incoerências durante os depoimentos. Também revelam contradições explícitas em diferentes momentos solicitados para o reconhecimento dos policiais.
Contrassenso
Exemplificando a gravidade do contrassenso da investigação liderada pelo Gaecp, um dos policiais reconhecidos fotograficamente por um dos suspeitos nunca trabalhou e sequer esteve na Delegacia de Polícia do Alto Maracanã, em Colombo. O policial estava de licencia prêmio e usufruindo o período de férias acumuladas. Ele voltaria a trabalhar apenas no dia primeiro de agosto.
“As contradições dos suspeitos do crime revelam, novamente, as falhas no processo de investigação do Gaeco, a sua postura arbitrária e a ilegalidade do caso. O trabalho de reconhecimento fotográfico é totalmente ilegal e irregular. Isso porque, este tipo de procedimento não tem validade por tratar-se de um processo induzido, em que, neste caso, se colocaram as fotos dos policiais que são da delegacia”, explicou André Gutierrez, presidente do Sinclapol.
E completou: “O reconhecimento perfeito é aquele no qual são apresentadas várias pessoas com aparência similar e o mesmo estereótipo físico. Estas pessoas são, então, alinhadas lado a lado, quando a testemunha indica qual o suspeito reconhecido. No episódio da menina Tayná, não foram seguidos critérios técnicos, pois foram apresentadas fotos de todos os funcionários da delegacia, possibilitando, assim, obviamente, o reconhecimento dos mesmos funcionários da delegacia”.
Justificativa infundada
Segundo Gutierrez, além disso, o reconhecimento fotográfico é muito polêmico e tem sido “causa de nulidade de vários processos”.”Ele é admitido na defesa, mas em processos de acusação se mostra demasiadamente falho”.
“Mais uma vez, as justificativas infundadas do Gaeco caem, uma a uma, diante da verdade dos fatos e da Justiça real. Sua postura arbitrária e unilateral contra os policiais civis, dobra-se à legalidade e as provas técnicas e científicas”, disse André Gutierrez, presidente do Sinclapol.
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