Neste domingo, 04 de Outubro, o Brasil e o mundo vão mostrar que o fracking não é bem-vindo em nosso país. Neste dia, um domingo, haverá ampla mobilização internacional de apoio à luta brasileira contra o fraturamento hidráulico, também conhecido por FRACKING.
Em 2013 o Governo Federal do Brasil, realizou o 12º Leilão de blocos do folhelho de Xisto, para exploração de gás não convencional, impondo severos riscos à população.
Fracking é um processo destrutivo usado para extrair gás da rocha de xisto que se encontra no subsolo. É preciso perfurar um poço profundo e injetar milhões de litros de água misturada a centenas de produtos tóxicos e cancerígenos e toneladas de areia a uma pressão alta o suficiente para fraturar a rocha e liberar o gás metano.
Em todo o mundo, as comunidades estão exigindo a proibição imediata desta prática perigosa, pois contamina a água que serviria para o consumo humano, indústria e agricultura e também os lençóis freáticos com centenas de produtos químicos utilizados no processo. Além dos impactos ambientais, econômicos e sociais, o fracking já está associado a terremotos e também contribuiu para as mudanças climáticas.
Desenvolvida pela 350.org Brasil e COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil, nossa campanha tem por objetivo impedir que o fracking aconteça em nossas fronteiras, alertando gestores públicos e população para esta ameaça que ronda o futuro de todos os brasileiros.
A sociedade precisa de se posicionar. E rápido.
No próximo dia 07 de Outubro, o Governo Federal pretende leiloar 266 novos blocos para a exploração comercial de gás de xisto (shale gas) através do fraturamento hidráulico.
“A decisão do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) em abrir as portas do país para operações de fracking representa uma séria ameaça para a água que bebemos, para o ar e também para a nossa saúde. Não queremos arriscar, pois fracking mata tudo que está a sua volta.”, afirma o fundador e coordenador nacional da COESUS, Dr. Eng. Juliano Bueno de Araujo.
Todo o processo de fracking – de perfuração de um poço ao transporte de resíduos – põe em perigo o abastecimento de água e a saúde das pessoas e animais. Há uma clara evidência dos danos causados pela utilização do fraturamento hidráulico.
Para a diretora da 350.org Brasil, Nicole Figueiredo de Oliveira, não bastasse todos esses perigos, há outro elemento preocupante em relação ao fracking. “Mesmo após o fim da operação do poço, continua o vazamento sistemático do metano, um gás de efeito estufa que contribui para as mudanças climáticas e é 86 vezes mais prejudicial que o CO². O fracking intensifica as mudanças climáticas e representa uma ameaça ao planeta”, completa.
Ação contra o fracking!
Amanhã, várias cidades já confirmaram participação no dia de ação contra o fracking no Brasil.
Toledo, no Oeste do Paraná, promoverá um grande evento no Parque do Lago, às 17h, com apoio do Prefeito Municipal Beto Lunitti, vereadores, sindicatos rurais e profissionais, lideranças religiosas, universidades e população em geral.
Na capital do Estado, Curitiba, a Coalizão Não Fracking Brasil programa duas ações, uma delas ao meio dia na Feirinha do Largo da Ordem, na Sociedade Garibaldi.
Diversas ações também estão sendo programadas na Bahia, Mato Grosso, Brasília, Minas Gerais e Acre.
Entre os países que também vão participar já confirmaram Canadá, Portugal, Espanha, Inglaterra e Peru. Outros ainda estão definindo suas ações.
Participe você também, organize uma ação na sua cidade e encaminhe fotos e vídeos para [email protected] . Para saber mais sobre a campanha acesse www.naofrackingbrasil.com.br
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