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Dólar chega a R$ 5,20 e tem maior valorização semanal em três meses

Influenciado por fatores externos, o dólar retornou ao nível de R$ 5,20 e fechou a semana encurtada com a maior valorização semanal em três meses. A bolsa de valores subiu 1% em dia de poucos negócios.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (23) vendido a R$ 5,20, com alta de R$ 0,038 (+0,74%). Essa foi a quarta valorização seguida da moeda. A cotação chegou a alternar altas e baixas durante a manhã, mas firmou a tendência de alta durante a tarde, em meio ao aumento mundial da demanda pela moeda norte-americana.

Na semana, encurtada pelo feriado de Natal, o dólar subiu 2,28%. Essa foi a maior alta semanal desde a semana de 21 a 25 de setembro, em que a cotação havia subido 3,29%.

Além da descoberta de uma variante do novo coronavírus que provocou uma nova rodada de restrições à movimentação de pessoas vindas do Reino Unido, o mercado foi influenciado pela instabilidade política nos Estados Unidos. A menos de um mês de sair do mandato, o presidente Donald Trump vetou o orçamento para a defesa norte-americana, provocando um mal-estar diante do Congresso do país.

Esses fatores fizeram os investidores apostarem contra o real e comprarem dólares como um instrumento de hedge (proteção). A moeda brasileira descolou-se das principais divisas internacionais, contra as quais o dólar caiu hoje.

Diferentemente do câmbio, o mercado de ações teve um dia de otimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou em alta de 1%, aos 117.807 pontos. Essa foi a segunda alta seguida do indicador. Com poucos negócios nos últimos dias, qualquer movimentação mais brusca reflete-se no índice. No acumulado da semana, o Ibovespa acumula leve queda de 0,13%.

O mercado de ações também foi influenciado pelo mercado internacional, diante da queda dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Há também expectativas em relação à negociação de um novo estímulo para a economia norte-americana, dois dias depois de o Congresso do país ter aprovado a injeção de US$ 900 bilhões na maior economia do planeta para enfrentar a crise decorrente da pandemia do novo coronavírus.