Rogério Galindo, Caixa Zero, Gazeta do Povo
Dois anos atrás, o PT de Curitiba parecia estar entrando em sua melhor fase. Tinha emplacado dois ministros no governo Dilma. Conseguiu entrar na prefeitura de Curitiba, via Gustavo Fruet. E, pela primeira vez, parecia ter uma candidatura realmente viável para o governo do estado.
Apenas uma eleição se passou desde então, mas a situação do partido hoje é completamente diferente. Os dois ministros saíram do governo. Gleisi Hoffmann foi citada na Operação Lava Jato. Perdeu a eleição para o governo do estado de lavada, ficando num distante terceiro lugar. E a participação na prefeitura de Curitiba não está nem de longe assegurada a partir do ano que vem.
O partido não sabe exatamente qual será sua situação na campanha de Fruet, caso ele realmente concorra à reeleição, como se imagina que ocorrerá. E, se não for com Fruet, dificilmente o partido terá um candidato próprio competitivo.
Há a opção da própria Gleisi, mas não há como negar que ela está desgastada. Depois, mais quem? Angelo Vanhoni, que bateu na trave da prefeitura duas vezes, nem se reelegeu deputado. Dos quatro deputados federais do partido, nenhum é de Curitiba. Dos estaduais, só Tadeu Veneri, que tem boa moral, mas não parece ter votos suficientes para disputar uma majoritária.
Além de tudo, o partido enfrenta a rejeição ao governo federal, que não é pouca. E a prisão do ex-petista André Vargas. Como se não bastasse o resto…
Deixe um comentário