A juíza Gabriela Hardt determinou no início da noite desta quinta-feira a prisão do ex-ministro José Dirceu. Condenado a 30 anos e nove meses por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o ex-ministro teve o último recurso negado na tarde desta quinta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). As informações são d’O Globo.
Como a defesa de Dirceu afirmou que pretende cumprir a medida judicial, a juíza, que substitui Sergio Moro, determinou que o ex-ministro deve se apresentar na Polícia Federal de Brasília, onde está morando, até as 17 horas desta sexta-feira.
Segundo o despacho de Gabriela, Dirceu deve ser levado para cumprir pena no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde estão outros presos da Operação Lava-Jato. Depois, ele pode ser transferido para o Complexo da Papuda, no Distrito Federal.
No despacho que determinou a expedição do mandado de prisão, a juíza citou o fato de que parte dos pagamentos foi feita durante o julgamento do mensalão. “Um dos condenados recebeu vantagem indevida, com enriquecimento pessoal, enquanto estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470, em afronta àquela Corte Suprema”.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, empresas terceirizadas contratadas pela Petrobras pagavam uma prestação mensal para Dirceu por meio do lobista Milton Pascowitch, que fechou acordo de delação na Lava-Jato. Os procuradores também afirmam que a Engevix pagava propina por meio de projetos e contratos com a diretoria de Serviços e da celebração de contratos simulados com a empresa de Dirceu, a JD Consultoria.
Ao todo, o ex-ministro teria recebido R$ 11 milhões em propinas da Engevix por meio de contratos superfaturados com a Petrobras. Em depoimento a Moro, o ex-ministro negou as acusações.
Deixe um comentário