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Dilma quer repassar ‘conta’ de R$ 600 milhões de aeroportos ao Paraná

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O aeroporto de São José dos Pinhais e os 14 aeroportos regionais podem ser as próximas bombas que o governo federal vai querer jogar no colo do governador Beto Richa. A União quer repassar ao Paraná uma conta de mais de R$ 600 milhões em investimentos aeroportuário. O caso mais grave é no aeroporto Afonso Pena. O Estado já desembolsou mais de R$ 127 milhões em desapropriações, que permitem a construção de uma pista com mais de 3 quilômetros – tamanho, de acordo com especialistas em aviações, suficiente para aterrissar e decolar aviões cargueiros de carros ou de maquinário, atendendo grandes empresas como a Renault.

No entanto, a União quer que o Paraná gaste quase R$ 500 milhões em desapropriações (veja o mapa), incluindo o contorno Leste de Curitiba, o que implicaria na construção de um novo contorno pelo Estado. Sem contar as interrupções de importantes avenidas de São José dos Pinhais, como a Rui Barbosa. Este investimento em desapropriações supera o investimento de modernização do Afonso Pena, que soma R$ 350 milhões.

As equipes técnicas do Governo Paraná já tentaram demover a Infraero desta proposta. Tiveram conversas com a superintendência local e com a direção nacional. Nem mesmo o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, quis enfrentar o problema. Apesar de já ter investido R$ 127 milhões no Afonso Pena e mais R$ 30 milhões nos aeroportos de Londrina e Foz do Iguaçu, ambos da Infraero, o Paraná quer que agora a estatal federal repasse o dinheiro de desapropriação, como fez no Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul.

A outra bomba é com relação aos aeroportos regionais. A Infraero inflou os números de movimentação de aeroportos, por exemplo, o de Paranaguá. Dados da Infraero indicam que passam por este aeroporto mais de um milhão de pessoas por ano, movimentação similar ao do aeroporto de Londrina, que é o terceiro maior do Paraná. O número da atual contagem em Paranaguá é de menos de 100 mil pessoas por ano.

Com um levantamento superestimado, a Infraero, em parceria com o Banco do Brasil, vai solicitar as desapropriações de diversas áreas ao redor dos aeroportos regionais, cuja estimativas primárias apontam em mais de R$ 100 milhões. O caso que mais chama atenção é do aeroporto de Toledo, que hoje opera em regime de comodato em uma área particular. A Infraero já aponta este aeroporto como prioritário, mas segundo legislação federal, a União não pode investir em áreas particulares, a não ser que o Estado desaproprie a área e doe à União.

Abaixo a foto ampliada do Aeroporto Afonso Pena

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