De credenciados bastidores brasilienses surge a informação de que, no Planalto Central, trabalha-se a montagem de uma “chapa ideal” de candidatos no Paraná. Por “chapa ideal” entenda-se aquela que, no entendimento dos estrategistas de Lula, mais favoreceria o sucesso da presidenciável Dilma Rousseff nas urnas paranaenses. Ei-la:
• Governador: Osmar Dias (PDT).
• Vice: Jorge Samek (PT).
• Senador 1: Roberto Requião (PMDB).
• Senador 2: Ricardo Barros (PP).
Seus partidos fazem parte da base parlamentar do governo no Congresso e não se estaria violentando, digamos, a ordem político-partidária vigente. Mas pelo menos seis outros partidos menores formariam a frente pró Dil-ma/Osmar no Paraná. Dentre os pequenos a serem atraídos, o PSB figura em primeiro lugar. Por uma simples razão: se o PSDB decidir lançar Beto Richa para o governo, ficaria na prefeitura o vice dele, Luciano Ducci – que é do PSB e seria peça importante para dividir os votos do maior colégio eleitoral do estado.
Conversas adiantadas
As mesmas fontes asseguram que não se dorme no ponto. As conversações para a construção dessa chapa estão aceleradas. Delas participam ativamente a própria Dilma (além de Lula, a principal interessada) e o ministro Paulo Bernardo. Anteontem, ambos mantiveram longa conversa no café da manhã com o senador Osmar Dias. Ao mesmo tempo, afagos têm sido direcionados pa-ra o governador Roberto Requião, muito embora se considere que, no caso dele, a aproximação seja até natural.
Esse cenário fica de muito bom tamanho também para Osmar Dias, que, aliás, com esse cacife na manga, já dá sinais evidentes de que passou a ter muita pressa em obter uma definição final dos tucanos paranaenses. Eles ainda titubeiam entre ter candidato próprio (que é a maior tendência) e em confirmar o apoio prometido ao senador no bojo das alianças de 2006 e 2008. Uma eventual resposta negativa do PSDB é a única coisa que lhe falta para saltar para a canoa de Dilma Rousseff.
Quais seriam as consequências para o PSDB paranaense se tal articulação da “chapa ideal” se tornar um fato real? Alvaro Dias, o candidato da vez, concorreria contra o irmão? José Serra, por outro lado, concordaria com o lançamento de Beto Richa e correria o risco de perder o comando da prefeitura de Curitiba para um adversário?
de Celso Nascimento, na Gazeta do Povo.
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