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Dilma e empresários de São Paulo não se entendem mais

Está cada vez mais difícil a relação da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição em 2014, e o empresariado de São Paulo. O distanciamento fez acender a luz amarela no Palácio do Planalto. Os estrategistas de Dilma temem que o PIB paulista, o maior do Brasil, decida investir pesado na candidatura de Eduardo Campos (PSB), à presidência da República em 2014.

Quem conta é a jornalista Mônia Bergamo, numa quina de notas penduradas nas páginas da Folha de S.Paulo desta quarta-feira (13). Vejam:

CORAÇÃO PARTIDO
A luz amarela está acesa no Palácio do Planalto. A relação da presidente Dilma Rousseff com empresários, especialmente os de SP, teria chegado a um ponto de grave deterioração.

ATÉ TU, ABILIO?
Declarações recentes de Abilio Diniz, presidente do conselho da BRF, com críticas ao governo, são vistas como sinal mais evidente de que as coisas andam mal. Ele sempre foi considerado um dos empresários mais próximos do governo federal.

BALANÇO
O governo considera que a relação com o empresariado começou a passar por turbulências fortes há um ano, quando Dilma baixou as tarifas elétricas e impôs perdas para alguns setores. Elas aumentaram com a discussão dos termos das concessões –e chegaram ao ápice com a divulgação do resultado fiscal de setembro, o pior resultado para o mês em 17 anos.

TRAIR E COÇAR
Se os empresários manifestam insatisfação, do lado do governo a recíproca é verdadeira. Dilma teria atendido a várias demandas deles. O dólar subiu, a energia foi reduzida, a folha de pagamentos foi desonerada. Tudo somado, o governo abriu mão de pelo menos R$ 110 bilhões, o que teria comprometido o superávit. Para agora ser atacado por isso.

FERMENTO
Cresce a preocupação, no governo, de que o chamado PIB paulista decida investir pesado na candidatura presidencial de Eduardo Campos.