da Gazeta do Povo
A presidente Dilma Rousseff vetou ontem a mudança na forma de dividir os royalties de petróleo recolhidos nos campos já em exploração e confirmou que todo o dinheiro que for obtido com a compensação em novas áreas terá de ser aplicado na educação. O veto vai gerar nova batalha no Congresso, liderada pelos parlamentares que representam estados e municípios que pouco produzem petróleo no país.
O veto parcial atende aos interesses dos estados produtores, principalmente o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Durante o anúncio do veto, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que a decisão da presidente teve como premissa “o respeito à Constituição, aos contratos estabelecidos, à definição de regras claras, para garantir a retomada de licitações do petróleo, seja no modelo de concessão ou partilha.”
Além de Gleisi, também foram escalados para anunciar a posição da presidente os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Aloizio Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Eles destacaram que o objetivo do veto parcial é evitar que a questão gere uma guerra nos tribunais. “Não há desapreço pelo Congresso, mas a defesa dos princípios constitucionais que asseguram contratos firmados até esta lei”, disse Lobão.
Medida Provisória
Adotando uma saída semelhante a que aplicou no caso do Código Florestal, a presidente irá editar uma medida provisória para cobrir buracos deixados pelo veto. Estará na MP a vinculação dos recursos das novas áreas para a educação, não podendo ser usado o dinheiro para cumprir exigência de investimento mínimo no setor.
O texto também mudará parte do destino dos rendimentos dos recursos do Fundo Social – que é uma espécie de poupança pública com recursos do pré-sal. A MP prevê que 50% dos recursos do fundo seja destinado à educação. O restante, deverá ir para projetos de saúde e sociais.
Porcentuais
Na medida provisória, que será enviada ao Congresso já na segunda-feira, serão mantidos os porcentuais de distribuição dos royalties fixados pelos parlamentares para os futuros campos. Assim, a parte destinada aos estados e municípios não produtores passará a ser de 40%. Além disso, a participação especial nos futuros campos – que é paga pela petroleiras no caso da exploração de áreas como o pré-sal –, passará a incluir também os estados e municípios não produtores.
Com essas regras, os recursos para os não produtores vão demorar a chegar. O governo prevê que isso ocorra a partir de 2014, mas parlamentares acham que repasses significativos só ocorrerão após 2020. Este é um dos problemas que levará o Congresso novamente a enfrentar o Planalto. “Vamos tentar reverter isso por todos os caminhos”, adianta o vice-líder do PMDB, Marcelo Castro (PI), um dos principais articuladores dos não produtores.
por isto existem tantas desigualdades no pais…invés de políticos atuarem como um só estado ,querem dividir cada vez a nação a ponto de se criar capitanias de novo e com isto fazer regiões miseráveis…agora quando o sul produz ,tem obrigação de matar a fome do restante????