Entre as medidas, a que chama mais atenção é a do corte do ‘cafezinho’. Também foram proibidas as contratação de obras, viagens e os eventos.
O prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB), anunciou nesta quinta-feira (27) uma série de medidas de contenção de gastos na administração municipal. Entre as determinações, chamam a atenção o cancelamento do ‘cafezinho’ e o recolhimento das garrafas térmicas. O decreto 24.067/15 deverá entrar em vigor a partir do dia 1º de setembro e exige que em dez dias os secretários encaminhem planilha com a demonstração efetiva da economia alcançada.
Com a suspensão do café e a extinção das estruturas de copas, o prefeito espera, além da redução dos gastos com esses produtos, a otimização do trabalho dos servidores públicos. “Para garantir que com a redução do horário de atendimento [ainda em análise] o tempo seja dedicado única e exclusivamente ao cidadão e para que haja um comprometimento mínimo possível deste atendimento, estamos determinando o recolhimento imediato das garrafas térmicas.”
Também ficam suspensas as viagens e a realização de eventos esportivos e culturais, com exceção dos já programados, a contratação de horas extras e de novas obras e aquisição de materiais permanentes, além de ficarem proibidas as desapropriações e o pagamento de despesas por meio de reembolso, entre outras. De acordo com o prefeito, estes cortes não interferem no atendimento direto à população.
Outras medidas, como redução do expediente na área administrativa e na área de saúde, estão sendo estudadas e podem ser anunciadas nos próximos dias. Com o corte das horas extras, realizadas principalmente pelos servidores da saúde, o prefeito acredita que o município deve economizar cerca de R$ 350 mil por mês. Estão previstos ainda cortes no número de servidores comissionados já a partir de setembro.
Reni Pereira justificou o contingenciamento em função da crise econômica atual. “O momento não é fácil, não estamos imaginando a crise, ela é real. Por isso temos que adotar medidas de austeridade, mas com o compromisso de fecharmos o ano sem um prejuízo maior para a população. As obras que já têm dinheiro garantido para sua execução seguirão normalmente”, comentou.
Com a crise, completou, o município tem enfrentado atrasos no repasse dos convênios com os governos federal e estadual. “Cortamos todas as gorduras, mas não foi o suficiente”, disse sem informar, no entanto, de quanto foi a queda na arrecadação desde que foram anunciadas as primeiras medidas de reequilíbrio financeiro e nem qual a previsão de impacto que as novas devem causar.
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